Os dois foram andando até o apartamento do Gustavo, como estavam muito próximos, não valia a pena ela pegar o carro. Ela um lugar pequeno, mas aconchegante, era até difícil acreditar que um homem morava só ali. Tudo estava impecável, havia uma estante cheia de livros de psicologia e DVD de filmes e bandas.
– Fique a vontade, serei rápido.
– Obrigada.
Logo que ele saiu ela já podia ouvir o barulho do chuveiro ligando. Ao olhar o relógio seu desespero bateu. Ela havia esquecido completamente do jantar que seus pais dariam ao Lucas, faltava menos de uma hora, ela pegou o celular na bolsa e ligou para casa.
– Mãe – disse num sussurro.
– JUSTINE! – respondeu em um grito ensurdecedor – Onde você esta menina! Esqueceu do jantar ou esta com Lucas.
– Olha mãe – seguia ela no sussurro – surgiu um probleminha e eu vou me atrasar um pouquinho, mas já irei avisar o Lucas. Não se preocupe, eu chego logo. Vou aproveitar e comprar o vinho preferido dele.
– Menina, menina! Porque sussurra?
– É que eu to numa reunião – disse se zangando – olha tenho que desligar, logo eu chego.
– Mas Justine…
Foi tudo que a mãe conseguiu dizer ao ouvir o telefone mudo.
Logo em seguida ela ligou para Lucas.
– Oi amor! Estou atrasado?
– Não, não, na verdade, eu que estou – continuava a sussurrar para que Gustavo não a ouvisse – Você pode se atrasar meia horinha amor?
– O que houve? Porque sussurra? – perguntou com o tom desconfiado.
– Eu estou em uma reunião…
– Aé? Onde se liguei no seu trabalho e você saiu cedo.
– Olha amor, eu juro, te explico depois, surgiu um problema e estou resolvendo. Preciso desligar. Te vejo logo. Beijos.
Sem que Lucas pudesse responder ela já havia desligado o celular. Ao olhar para o lado pra ver se Gustavo estava por ali, ela viu pela porta entre aberta Gustavo passar todo molhando enrolado em uma toalha. Era como olhar um Deus grego passar, ela se perguntava como nunca havia notado os dotes de Gustavo. Seu corpo era escultural. Logo seus pensamentos se perderam em uma sensação nova, um desejo novo, o desejo de desbravar o que lhe era desconhecido. Poucos minutos ele estava na frente dela, apenas de calça jeans, sem a camisa secando os cabelos.
– Juro! Eu juro que já, já estarei pronto. Só vim buscar uma camisa – disse enquanto andava até a lavanderia.
– Deveria andar sem ela – disse a si mesma.
– O que foi?
Envergonhada por notar que poderia ter pensado alto demais, disse gaguejando.
– É… É… Na-nada! – e abriu um sorriso amarelado.
Gustavo disparou uma olhar desconfiado, foi até a pilha de roupas passadas e pegou uma camiseta preta com detalhes de caveira. Sentou-se na poltrona que ficava enfrente do sofá onde ela estava sentada, e começou a calçar os tênis, ela não podia desviar seu olhar dele, visualizou cada detalhe, inclusive os pés, uma paixão em particular.
Ele tinha um pé de beleza singular, unhas tratadas, mostrava que apesar de despojado deveria ser vaidoso. Ele bagunçou os cabelos, deu uma leve arrumada com os dedos e se levantou.
– Estou pronto! Vamos?
Ela se levantou em um pulo, mas seus olhos não conseguiam acompanhar o corpo.
– É… Claro! Vamos.
Ela pegou a bolsa e foi até a porta. Ao se aproximar dele sentiu seu perfume delicioso. Mas deveria ser só desodorante ou o aroma do corpo quente que estava ao seu lado.
Enquanto ele trancava a porta, ela só tinha uma pensamento: a cama!
Rápido os dois já estavam no carro chegando ao bar do antigo namorado.
– Obrigado Ju.
– Não, não. Eu que lhe agradeço, foi uma tarde maravilhosa. Obrigada por abrir meus olhos, farei o melhor para Marcela a partir de agora.
– Que bom pequena, eu fico feliz. Se precisar de mim, pode ligar, seja para o que for.
Será que ele estaria disposto para uma noite de sexo e mais sexo? Era a pergunta que latejava na mente de Justine.
– Obrigada!
No beijo de despedida ambos se perderam e por muito, mas muito pouco não se beijaram nos lábios. Ela sem graça e ele com o mesmo meio sorriso, agora já malicioso, se despediram.
– Tchau pequena! Apareça.
– Valeu Gú, até mais.
Em poucos minutos ela estava em casa, com a mente atordoada esquecendo-se até do vinho de Lucas. A mãe já zangada prestes a trovejar, foi interrompida pelo soar da campainha. Lucas estava com vinho. Aquilo foi um alivio para os ouvidos de Justine.
– Mãe, pai, este é Lucas! Lucas, este são meus pais, Carlo e Maria.
– É um enorme prazer finalmente conhece-los.
– O prazer é todo nosso – disse Maria indo cumprimentá-lo – Justine fala maravilhas de você.
– Serio? – disse espantado tendo em vista que Justine pouco se referiam aos pais – Ela também fala muito de vocês.
– Não creio, mas agradeço mesmo assim – disse Carlo tentando quebrar o leve constrangimento que se estampara na face de Lucas.
Justine sorriu sem graça e pegou o vinho das mãos do namorado.
– Bem, é melhor eu servi-lo. Você já deseja jantar meu amor?
Antes que pudesse pensar a mãe de Justine disse:
– Claro que ele deve querer, afinal já esta ficando tarde e a comida vai esfriar.
– Vamos rapaz! – disse Carlo com um sorriso reconfortante.
– Venha querido – falou Justine ao puxá-lo pela não.
Tudo estava impecável. Lucas pode ver o quanto dona Maria era organizada, a mesa de jantar estava impecável. A família de Justine era simples, mas não abriam mão das etiquetas e bons costumes.
Justine se sentou ao lado do pai, que estava na cabeceira da mesa como nas famílias tradicionais, Lucas ao lado da amada e na frente de Justine se sentaria a mão, que no momento havia ido buscar o suculento jantar.
Tudo foi tranqüilo e delicioso, o prato predileto de Lucas, uma lasanha a bolonhesa, estava divina, fazendo-o repetir o prato. Durante o jantar eles conversaram sobre o trabalho dele, sua vida, sua família e planos futuros. Tudo estava maravilhoso, exceto Justine que estava terrivelmente longe com seus pensamentos.
– Aceita um cafezinho querido? – perguntou Maria a Lucas.
– Não, estou satisfeito, o jantar estava divino Dona Maria! – respondeu com um sorriso largo de satisfação.
– Vamos para a sala meu rapaz. Lá poderemos conversar um pouco mais, se não estiver cansado, claro – disse Carlo.
– Não, eu estou ótimo. Podemos continuar a conversa numa boa – e os dois saíram para a sala.
Justine estava ajudando a mãe a tirar a mesa. Seu olhar era distante, ela parecia um robô em modo automático.
– Filha, você esta bem?
– Claro mãe, eu só estou cansada, tive uma tarde e tanto. É só uma dorzinha de cabeça, logo passa.
A mãe lhe olhou desconfiada mas decidiu mudar de assunto.
– E então o jantar estava bom?
– Perfeito! – respondeu com um meio sorriso.
– Seu namorado é perfeito minha filha. Agora mais do que nunca penso que você deveria repensar a proposta dele.
– Mãe! – Justine balançou a cabeça com um ar de reprovação ao comentário que a mãe lhe fizera – Se me da licença, vou pra sala.
Ela se sentou no sofá ao lado do namorado, e começou a observar ele e o pai conversando, os dois pareciam amigos de longa data, entre brincadeirinhas e sorrisos, era como se eles fossem pai e filho. Aquilo lhe contou o coração, o pai ficará tão feliz com o seu namorado perfeito. Lucas foi o verdadeiro cavalheiro a noite toda e tudo que ela pensava era em como Gustavo era terrivelmente atraente agora aos olhos dela.
Quando lembrou dos momentos que tiveram a tarde, quando lembrou dele apenas de toalha, com o corpo molhado, seu grelo pulsou e um rubor diferente tomou sua face, logo Lucas notou algo diferente.
– Você esta bem amor? – sussurrou ele para a amada.
– Estou, é só… Cansaço, nada mais – sussurrou de volta.
Lucas então voltou a conversar com Carlo e a mente de Justine viajou no tempo. Ela voltou no exato momento em que ela passou pela porta quando saia do apartamento de Gustavo, mas ao invés de sair, ele a empurrou contra a parede em um forte beijo, suas mãos grandes se entrelaçou nos longos cabelos de Justine, puxando a cabeça um pouco para trás liberando o pescoço para novos beijos e mordidas. Suas pernas automaticamente se enroscaram na cintura dele, ela podia sentir algo crescendo entre as pernas, e o calor do peito dele exalar pela camiseta. Logo os dois estavam na cama, semi-nus com os corpos enroscados em beijos e caricias. O corpo dela parecia pegar fogo, e o desejo crescia mais e mais enquanto ela imaginava tudo que poderia acontecer naquela cama. Logo a vergonha tomou lugar do desejo quando Lucas apertou sua mão.
Ela o olhou, ele com olhos estranhos querendo entender o que acontecia. Lucas e Justine tinham uma ligação que não havia explicação. Ele sabia exatamente como ela se sentia, e naquele momento, ele sentiu o desejo exalar pela pele da amada, e sabia que não era ele em seus pensamentos.
Já era tarde e Lucas se despediu de todos. Justine disse que iria até o carro conversar com ele. Esperançosa ela disse que não havia problema algum, se quisesse ela e o marido os deixaria a sós na sala. Porém o carro era o lugar mais seguro aos ouvidos curiosos naquele momento.
Os dois foram silenciosamente até o carro, Lucas parecia triste e não quis falar sobre. Ao entrar, o coração de Justine disparou, o nervo tomou conta do seu corpo.
– Lucas… – disse cabisbaixa sem que nenhuma outra palavra conseguisse sair de seus lábios.
– Onde foi à tarde? Foi encontrar Marcela?
– Não. Eu só precisava ficar só, eu precisava mais do que nunca pensar, inclusive em Marcela, pensar no mau que estou fazendo a ela.
Seu olhar era terrivelmente triste, Lucas nunca havia a visto daquele jeito. Ele a abraçou e a beijou carinhosamente.
– É só isso?
– Só isso? Isso já é muito Lucas, não entende? Me sinto um monstro.
– Ju, para de se culpar, de se sentir a única errada nisso tudo. Marcela é adulta, ela quem escolheu.
– Mas eu já a conhecia antes de ter você.
– E isto lhe da créditos então?
– Não, mas ela foi minha melhor amiga, ela sempre este ao meu lado.
– Você não vê o que fala querida? Ela sempre foi sua “melhor amiga”, talvez você possa parar de relacionar este amor que sente por ela com a atração sexual. Se acha que tudo isso a faz mal, porque não conversa com ela e tenta seguir com a amizade.
– É tão complicado…
– É talvez seja, ou talvez você que esteja complicando tudo. Você me ama?
– Demais, muito mesmo!
– Você me deseja?
– Todos os dias!
– Eu sinto o mesmo por você querida, e posso afirmar que em dobro. Nunca senti na minha vida o que sinto por você, é como se fosse uma parte de mim perdida que eu encontrei. Eu preciso de você, necessito você pra me completar, entende?
Aquelas palavras doeram seu coração mais uma vez. Como as coisas poderiam ter mudado tanto na sua vida? O que ela fez de bom pra merecer pessoas como Marcela e Lucas. E porque em meio a tudo aquilo tudo que ela desejava no momento era tirar as calças de Gustavo e chupa-lo até a ultima gotinha.
– Mas me diga Justine, em quem pensava na sala?
– Como assim?
– Primeiro, eu te conheço mais do que imagina pequena, você estava ardendo de tesão. Segundo, eu sei que não era comigo, eu podia ver nos teus olhos distantes.
– Lucas… – Justine começou a olhar para a maçaneta da porta, e desejou abri-la e correr, mas tudo que conseguiu foi ficar paralisada pelo medo do que Lucas pensaria então ela caiu no choro.
– Não chore amor – ele dizia a ela em um abraço quente e aconchegante – Olha tudo bem, me diz só o que aconteceu. Você viu alguém, esteve com alguém?
Ela afundou a face contra o peito perfumado dele. Doía demais a hipótese de traição. Ela o amava tanto, mas não consegui controlar seus desejos, seus instintos, era como se o desejo não dependesse do amor. Ela não sabia se contava que esteve com Gustavo, mas que nada havia acontecido, provavelmente ele não acreditaria. Ou se ela apenas o vira e seu fogo se acendeu.
– Eu to com tesão por outro alguém! – disse ela rapidamente de forma que as palavras foram atropeladas.
Envergonhada não teve coragem de olhar seu amado.
Depois de um curto silêncio, ele riu. A reação dele foi de louco, Justine ficou catatônica olhando seu riso.
– Jú, é por isso?
– Como assim por isso? Você não ouviu não o que eu disse? – aquilo a enfurecerá, era como se o que ela sentisse não lhe fosse mais importante.
– Ouvi, você ta com tesão em outro… Homem eu espero – e prosseguiu com uma gargalhada.
– Você esta louco, você é viado é? Como assim por outro homem. Quer dar teu rabo pra ele também? – trovejava bicuda com os braços cruzados.
– Menina… – ele respirou fundo para lhe tomar o fôlego das risadas e seguiu – Justine minha menininha. Você sabe que eu não tenho ciúmes disso, confesso ter medo das mulheres, me parecem atraí-la com mais facilidade, e você se apaixona fácil por elas.
– CALA A BOCA SUA BIXA! – gritou em um estouro – É assim que você me ama é? Você nem se quer tem ciúmes se eu der a porra da buceta a outro homem.
– Cala você a menina. É assim que você me ama? Desejando outros homens?
O silencio tomou o carro novamente.
– Eu não sou teu dono mocinha. Eu até quero me casar, mas isso não quer dizer que ambos teremos coleiras.
– Como assim? Você quer casar e ter uma vida de solteiro? O que você acha que eu sou?
– Uma puta! – disse com um sorriso sarcástico que não durou muito com o tapa na cara que Justine lhe deu em seguida.
– Você vem aqui na minha casa, fica amiguinho do meu pai e depois mostra as garras, como um psicopata do filme?
– Você é uma putinha meu amor, a putinha que eu mais amo na vida – disse ele se aproximando dela.
Justine tentava resistir, de costas para a porta ela procurou a maçaneta, mas logo ele travou o carro.
– Quer fugir minha putinha? Que feio – e sacudiu a cabeça para um lado e para outro com quem reprova uma atitude.
O terror estava estampado nos olhos de Justine, e isso o excitou mais ainda, ele se aproximou mais dela com o mesmo sorriso sarcástico de antes, ela o empurrou, mas de nada adiantou, ele a segurou pelos pulsos e tentou aproximar os lábios ao dela.
– Me solta seu louco!
– Cala a boca menina – dizia ele enquanto apertada os pulsos de Justine com uma só mão, a outra ele usou para enfiar de baixo da saia dela.
– O que você esta fazendo? Pare! Eu não quero!
– Como não? Você esta mais encharcada do que uma piscina olímpica.
Ela ainda tentou se soltar, mas Lucas era mais forte, seu corpo malhado não era apenas para exibir. Ele tentou beija-la novamente enquanto ela sacudia a cabeça. Em nenhum momento suas mãos ousaram sair da buceta dela. Quente, molhada, pulsante e o medo dos olhos dela. Era tudo o que ele queria no momento, meter e meter, mas sabia que ali não era o lugar então a faria jorrar em suas mãos.
Suas pernas tremeram e Justine desistiu da luta, logo ele a soltou e sua outra mão percorreu os seios de mamilos rijos, ele os beliscou, os apertou, os mordeu, ela gemia, remexia, rebolava de leve, ele sabia que ela desejava um pau na buceta tanto quando ele desejava meter.
Ela olhou em direção a janela da casa e não viu ninguém, as luzes estavam todas apagadas, deu uma rápida olhada pela rua e o deserto pairava, então ela decidiu se arriscar. Abriu a calça do Lucas e puxou para fora o seu brinquedo predileto.
Um gemido escapuliu por entre dentes quando Marcela sentou em seu pau. Ela rebolava, tão graciosamente, era tão lindo vê-la assim, na mistura do medo e desejo. Ele segurou-a pela bunda, apertando com força e dando tapinhas, ela estava tão excitada, tão molhada que ele pode sentir escorrer em sua coxa a baba da bucetinha dela. Aproveitou toda a excitação pra penetrar-lhe um dedinho no rabo, mais que tudo nela ele amava aquele rabinho. Tão rosadinho, limpinho, sem pelinhos algum, era tão apertado e quentinho dentro dele. Ao sentir dois dedinhos penetrá-la no cú, mais que depressa ela gemeu, era a cachorrinha mais linda do mundo pensava Lucas. Ele realizaria qualquer desejo dela só para vê-la feliz e satisfeita, para que nunca pudesse perdê-la.
Logo os dois gozaram. Ela se aninhou nos braços dele sem sair de cima, ela adorava sentir o pau dele dentro dela. Era o momento em que os dois eram apenas um.
– Eu te amo! Te amo demais! – disse ele enquanto a acariciava a face.
– Eu também te amo! Me desculpe por hoje… – antes que ela pudesse terminar a frase ele segurou os lábios com os dedos.
– Olha, eu que peço desculpas se te assustei. Eu não resisto quando você fica brava, eu não resisto quando vejo o medo e o ódio nos teus olhos. Se eu não me importo que tenha desejos por outros, não é por falta de amor e sim porque quando a conheci, eu sabia o que me aguardava, mas prefiro vê-la dando para 500 caras do que perde-la meu sol!
– Você é perfeito! – e abriu um sorriso safadinho.
Os dois ficaram mais um tempo ali, mas já era tarde e amanha ambos teriam de ir trabalhar, eles se despediram e Lucas foi embora.
Justine sentia que não tinha chão ao caminhar. Ao chegar ao quarto se jogou na cama, abriu as penas e passou a mão na buceta lambuzada, depois levou ate a face para sentir o perfume maravilhoso que os dois tinham. Ela pensou em Gustavo, pensou em Marcela, pensou no quão errado era desejar Gustavo, mas ela não conseguia evitar, ela só o desejava mais do que tudo naquele momento.
Freak Butterfly.