Justine ligou para Marcela e as duas foram a caça de um vestido perfeito, afinal, ela seria apresentada como noiva de Lucas a todos seus sócios, não podia parecer vulgar, mas também não queria perder sua identidade.
Depois de rodarem horas e horas de loja em loja, quando Justine estava perto de desistir passou enfrente a uma simples loja, e na vitrine uma bela vestido de cetim preto longo de alcinhas com um belo decote na costa.
– Será que fica muito vulgar, parece uma camisola? – perguntou para Marcela.
– Ele é lindo, simples e lindo, e não é camisola, ta na etiqueta, és vestido! Eu acho que não, você é jovem e tem um belo corpo, por acaso vai querer usar o que? Um terninho?
– Claro que não… Mas sei lá, não sei como são as mulheres dos outros advogados…
– E desde quando você ligou pra isso?
– É importante pra ele… Só isso!
– Bem, vamos entrar, experimentar e daí agente analisa. Ok?
– Certo!
O vestido caiu como uma luva. Ficou perfeito, era realmente o que procurava, como não havia muito decote na frente e com o de trás sendo grande, o vestido não ficaria vulgar.
– Falta apenas os acessórios certos! – disse Marcela.
– Você acha?
– Claro. Sabe aquela coleira de brilhantes que o Lucas te deu mês passado?
– Sei…
– Ela vai ficar perfeita! Não vai mais precisar de nada. Só ele e essa aliança gigante ai já bastam. Agora falta a mascara. Mas sei onde tem umas fantásticas, daquelas de cinema.
– Ok! Você me convenceu, vou ficar com ele, afinal, ele é a minha cara!
As duas foram para a loja de mascaras, realmente era uma mais linda que a outra Justine ficou em duvida de qual levar, depois de muito vasculhar, eis que lá estava, a mascara perfeita, era simples, sem muitos adereços, mas era sedutora, imitação de couro repleta de furos para a visão cobria somente a região dos olhos.
– Perfeita! Vou levar esta! – exclamou Justine.
– Não ta muito simples?
– Eu adorei!
– Ok, então vamos, se não você não conseguirá se arrumar a tempo.
Ao chegar em casa tudo estava escuro, Lucas não estava lá. Encima da mesa da cozinha havia o convite e um bilhete.
“Querida Justine, desculpe mas tive algumas coisas de ultima hora para resolver, aqui está o convite e o dinheiro para o táxi. Estarei lhe esperando lá.
Te amo…
Lucas”
– Não acredito que ele me deixou aqui pra ir sozinha a um lugar desconhecido.
– Ah Ju! Da nada, eu te deixo lá, vá tomar um banho que eu vou te ajudar a se preparar pra grande noite! – risos.
– Porque esta rindo sua boba!? – indagou a furiosa Justine.
– Ah, é que achei bonitinho isso tudo, você ta a típica moça de família… Fico pensando “cadê a puta da Justine? Onde ela se perdeu?”.
– Cala a boca!
Marcela se abre em risos.
Justine foi para o banho e Marcela colocou tudo que ela precisava sob a cama. O vestido negro, a coleira de brilhantes que tem como detalhe uma correntinha caída e uma gota de brilhante na ponta, sandália de salto preta com pequenos detalhes em pedraria, Marcela achava aquela sandália um fetiche absurdo. E por fim a mascara.
Marcela maquiou a amiga, olhos mais leves, bochechas rosadas e boca marcante. Cabelos preso com um coque para não esconder o decote. Ela estava incrivelmente linda. Até Marcela ficou espantada.
– Como você cresceu! – suspirou Marcela.
– Para de ser boba, você ta me deixando nervosa.
– É serio amiga, você mudou, está mais madura e mais bonita ainda.
– Obrigada… E valeu pela ajuda, não teria conseguido sem você.
– Capaz! Bem, vamos nessa, se não sua carruagem vira abóbora!
Ao chegarem ao endereço, as pernas de Justine estremeceram, tudo estava deslumbrante, as pessoas chegando, parecia entrega do oscar.
– Não sei, estou nervosa. Será que estou bem?
– Claro, você está ótima, no maximo causará inveja a essas velhas caídas.
– Vou ligar para o Lucas pra ele me encontrar na porta.
– Oi amor – atendeu Lucas.
– Onde você esta?
– Eu estou no escritório assinando uma papelada.
– Droga Lucas! Eu estou aqui na frente. Anda, eu não vou entrar sem você.
– Entra amor, logo eu chego e te encontro lá dentro. Está muito frio ai fora.
Realmente aquela era uma noite gélida. E suas roupas não eram tão apropriadas para se manter aquecida, mesmo com o sobre tudo que vestia.
– Ok! Você me deve muito viu! Odeio você.
– O Lucas me paga!
– Vai lá e arrasa. Me liga amanha pra conta como foi.
– Te amo Má!
– Eu também Jú.
As duas deram um selinho e Justine saiu enfim do carro. Já com a mascara caminhou até a portaria rapidamente, entregou o convite, recebeu um sorriso de boa noite e entrou no hall. Tudo estava impecável. As pessoas estavam lindas, as mulheres pareciam de revista. Ela ficou parada por alguns instantes sem conseguir tirar o casaco, então repetiu para si mesma silenciosamente: “Pare de ser boba, vá lá e seja você mesma. Arrase!”.
Ela foi até a chapelaria para deixar o casaco.
– Boa noite senhora! Está acompanhada de quem?
– Boa noite, estou com o senhor Lucas Vittorelli.
O chapeleiro fez sinal para pegar o casaco de Justine, ela então respirou fundo e o tirou para entregá-lo, rapidamente, ela pode sentir os olhares do salão vindo em sua direção.
– Aqui esta senhorita, seu cartão para retirar o casaco. Tenha uma ótima festa!
– Obrigada – disse ao se retirar para o salão principal.
Onde ela passava as pessoas a olhavam, os homens de desejo e as mulheres de inveja. Foi como Marcela havia previsto. Ela pensou consigo mesma que precisaria de uma bebida e foi para o bar.
– O que a senhorita deseja?
– Champagne – disse um cavalheiro ao lado.
Justine olhou esperando que fosse Lucas, mas não parecia.
– Obrigada, mas prefiro um whisky – disse olhando para o garçom.
– A senhora está sozinha? – insistiu o cavalheiro.
– Não, estou esperando meu noivo.
– Que cavalheiro de sorte! Pois a senhorita é a que mais brilhará neste salão – ele segurou a mão de Justine, beijou-a e partiu para a multidão.
Seu coração estremeceu, as pernas ficaram bambas, ela tornou a dose de whisky e fez sinal pedindo outra.
– Noite difícil senhorita?
– Acho que será! – ela sorriu e se retirou.
O celular não tocava e nem sinal do Lucas, afinal com tantos rostos escondidos, como ela saberia quem ele seria de fato. Resolveu ficar parada próxima a entrada. Depois de alguns minutos a angustia bateu em seu peito, o que ela deveria fazer? Ir embora e depois matar o Lucas em casa? Relaxar e aproveitar a festa? Então ela sentiu alguém a observá-la. Lá estava um rapaz parado, a poucos metros olhando-a fixamente. Ele estava de smoking preto e uma mascara branca que cobria toda a face. Depois de alguns minutos de olhar fixo, Justine se sentiu mal e começou a andar, logo o homem misterioso começou a segui-la. Justine deu a volta pela pista de dança tentando encontrar um rosto familiar e nada. Então resolveu seguir até o banheiro.
Para chegar lá tinha de atravessar um corredor imenso com luzes ambiente e decorado em tecidos e mascaras. Por sorte ou azar, o corredor estava deserto. Justine apressou o passo e o cavalheiro misterioso fez o mesmo. Então ela correu até o banheiro. Ao fechar a porta seu coração havia disparado. Ela se olhou no espelho e pela primeira vez na noite viu o quanto estava encantadora, abriu a pequena bolsa e tentou ligar para Lucas, mas não obteve sucesso. Ela se sentou em um puf e decidiu esperar até que alguém aparecesse.
Cerca de 15 minutos depois uma bela senhora entrou no banheiro.
– Oh! O que faz aqui minha jovem? Você está bem?
– Só fiquei um pouco enjoada.
– Animo, é uma festa linda, deve aproveita-la!
– Sim, obrigada senhora – disse Justine ao se levantar.
– Qual o seu nome mocinha? É filha de alguém aqui?
– Não, não. Meu nome é Justine sou noiva do Lucas Vittorelli.
– Oh! O Lucas, ótima rapaz! Meus parabéns, será que posso felicitá-la?
– Claro – disse Justine sem graça ao aceitar o abraço.
– Parece que o pequeno Lucas também é um rapaz de sorte, você é uma mocinha encantadora. Meu nome é Lurdes Maria Ramos, meu marido trabalho com ele.
– Ah o senhor Ramos! Já ouvi falar dele.
– Espero que bem – disse a sorridente senhora.
– Sempre! – concluiu Justine com um sorriso.
– Vá querida, vá encontrar Lucas, eu ainda não o vi hoje.
– Senhora? Quando entrou aqui, viu alguém pelo corredor?
– Não, não, estava vazio.
– Ah, obrigada! Vou procurar por Lucas. Foi um enorme prazer Senhora Ramos.
– O prazer foi todo meu, mas pode me chamar de Lurdes querida.
– Obrigada Lurdes – disse Justine acenando positivamente com a cabeça.
Ao abrir a porta, ela ainda estava desconfiada, verificou o corredor e nada viu. Suspirou e saiu andando normalmente.
– É, parece que o maluco enfim me deixou em paz.
Quando passou por algo que parecia uma cortina, sentiu uma mão envolver sua boca e um braço por sua cintura. Ela tentou gritar, mas não conseguiu, ela se debateu, mas o estranho era mais forte e a puxou para trás da cortina. Era uma sala vazia, escura, com várias tralhas, ele a soltou, e ficou admirando sua face de espanto.
– Quem é você o que você quer? – disse Justine desesperada.
– Shhhhhh – disse o cavalheiro misterioso fazendo sinal de silêncio com a mão.
– Olha, se você não disser o que quer agora, eu vou gritar.
O cavalheiro nada respondeu, apenas se aproximou dela acariciando sua fria face.
– Me deixe ir…
O cavalheiro fez sinal de que ela poderia partir. Quando Justine levantou, ela a puxou com força e a jogou contra a parede, tapou sua boca e tocou em sua costa. Com seu corpo imprensado ao dela ele livrou uma mão para puxar o vestido para sina até que pudesse tocar sua bunda. Que sorte, era uma pena calcinha para não marcar o vestido. Justine tentava escapar e gritar, mas não conseguia. E novamente o cavalheiro fez “shhhh” para que ela relaxasse.
Ele tocou sua buceta por cima da calcinha e a sentiu molhada, essa era Justine, até entre esses joguinhos ela ficava excitada. Ele baixou o zíper, ela ouviu a calça cair. Afastou a calcinha e ela travou as pernas. Ele começou a acariciá-la, a tocava, até que não resistindo cedeu. Empinou o rabo para abrir passagem ao estranho, ao sentir ser penetrada, percebeu que aquele pau, aquele jeito era familiar. Na primeira estocada, o cavalheiro soltou os lábios de Justine e a puxou pela corrente da coleira se aproximou até o ouvido dela e sussurrou.
– Eu te amo puta gostosa!
Era Lucas! Justine então se entregou de vez ao prazer, encostada da parede ela a estocou com força segurando-a pela coleira de brilhantes. Ela queria gemer alto, se soltar, a tempos não tinha essa sensação de perigo, de que alguém pudesse chegar, de que aquele fosse um estranho, de que depois dali, ela voltaria ao salão esporeada. Ela empinava o rabo caba vez mais, e teve direito até a uns tapinhas. Logo ambos gozaram. Tudo foi tão intenso que a porra de Lucas misturada a de Justine escorreu por entre as coxas. Preocupada em sujar seu longo vestido negro, ela o puxou até a cintura delicadamente para não amassar.
Lucas levantou um pouco a mascara e agachado percorreu a língua pelo mel que descia, depois retirou um lenço do bolso e limpou as coxas da amada.
– Pronto querida, pode baixar o vestido.
– Você me assustou – disse Justine ao dar um tapinha no braço de Lucas.
– Eu sei que você gostou safadinha.
Justine deu um sorrisinho sacana e arrumou o vestido.
– Está tudo certo?
– Linda! Nossa você esta belíssima, adorei, tudo o vestido, a mascara e a minha coleirinha!
– Vou ao banheiro retocar a maquiagem.
– Certo! Eu saio primeiro pra vê se há alguém no corredor.
Lucas abriu a cortina e olhou para os dois lados. Não havia ninguém, ele virou para Justine fez sinal de positivo.
– Vamos!
Os dois saíram como se nada tivesse acontecido, ela seguiu até o banheiro e ele a esperou no inicio do corredor. Ela voltou, impecável como antes, sorriu e foram para o bar.
– O que deseja beber querida?
– Whisky!
– Um whisky para minha bela dama e uma taça de vinho tinto seco para mim.
– Sim senhor! – respondeu o simpático garçom.
A noite seguiu maravilhosa, Justine reencontrou a Senhora Ramos, conheceu os sócios de Lucas e dançou com o amado a noite toda. Os dois voltaram para casa relaxados. Foi uma noite incrível.
E antes de dormir, Justine e Lucas transaram mais uma vez, ela de mascara, coleira e scarpin e Lucas apenas de mascara. Fora mais uma transa maravilhosa digna de dormirem lambuzados.
Freak Butterfly