Autoflagelo: Superação

ImagemHá muito tempo (muito mesmo), não escrevo aqui, muito menos sobre este assunto, mas tendo em vista a quantidade de comentários que ainda recebo, os desabafos e as dúvidas, resolvi escrever pra falar um pouco de como tenho passado em relação a isto.

Nem sei mais quanto tempo faz que não me corto, não me queimo, e isto é um alívio, não só pra mim, como para minha família e meu parceiro (pois é estou noiva), mas a desconfiança, ao menos dos familiares, sempre está no ar, toda vez que me deprimo, que fico tensa, logo pensam que se eu me trancar pra me isolar, é porque vou me cortar, mas as coisas não andam bem assim, eu finalmente posso dizer que tenho controle, eu ainda dou umas batidas de porta violentas, falo coisas que magoam as pessoas sem pensar, esmurro paredes, e as vezes, sinto mesmo vontade louca de me cortar, de ver o vermelhinho escorrer, o ardor, enfim a dor. Porém, minhas prioridades mudaram, minha vida deu um giro de 360°, conheci alguém, que tenta compreender o que se passa comigo, voltei pra minha terra natal, noivei, estou trabalhando e lutando pra conseguir nosso espaço.

Claro que com o compromisso, outros estresses vieram, outras desconfianças, mágoas, preocupações, enfim, vida de casal. Não sou uma pessoa muito controlada quando o assunto é briga, sou estourada, ciumenta, ainda luto com a baixa autoestima sem fim. A última vez que me feri, inclusive foi por ciúmes, mas hoje eu repito a mim mesma: “Não vale a pena!”.

Quando a vontade vinha, eu sempre procurava me distrair, até mesmo rezar, cantar qualquer coisa, ligar pra alguém pra falar nada com nada, mas ficar sozinha, não! Como já diz o ditado antigo: Cabeça vazia, oficina do diabo!

Isto é fato, quanto mais se ocupar, menos chance de se levar pelo impulso. Contar a família e aos amigos (próximos e verdadeiros) foi um alívio pra mim, não esconder é como me libertar, não tenho mais nem vergonha das minhas milhares de cicatrizes, sinto que as pessoas que as notam tem mais do que eu.

Bem, se conselho fosse bom, agente realmente venderia, então a única coisa que posso falar a todos vocês é: força e fé! Se cair, não se deixe abater, são nas quedas que aprendemos, você pode se levantar e recomeçar sem problemas.

Buscar ajuda é fundamental, essa luta não se ganha sozinho, bem, até poderia, mas é muito mais complicado. Hoje existem os CAPES, onde podem buscar ajuda psicológica e psiquiátrica, mas procurem tentar se abrir com a família, ou alguém mais próximo.

Nunca desista! Tenha fé independente de sua religião, creia que há algo de maior no mundo que pode te confortar.

E mais uma vez, se cair, limpe os joelhos, sacode a poeira e volte a caminhar!

Se puderem, assistam a este documentário, é maravilhoso: http://www.ltddemi.com.br/staystrong.htm

About FreakButterfly

Que fique logo claro: não sou sexóloga (apesar de que gostaria muito), também não sou formada em psicologia, sou Bacharel e Adm. Com habilitação em Marketing e agora Bacharel em Jornalismo. Tenho este blog desde meados de 2008, onde comecei a escrever por mera diversão e distração do tédio e solidão que a cidade onde morava até então me proporcionava. Com o passar dos dias, o blog foi crescendo e a vontade de escrever também. Amo escrever e espero faze-lo bem! Não estou aqui para julgar, descriminar ou fazer apologia a qualquer coisa que seja, escrevo do que gosto para pessoas que gostam do mesmo que eu, e se o ofendi, sinto muito, mas basta fechar a pagina. No mais, volte sempre!

Uma resposta »

  1. que maneiro queria muito ajuda

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    • valeu!

      Espero que leia a outra resposta que dei, não a abandone no momento de crise, não tenha medo, e faça com que ela se sinta segura contigo, e disposta a falar sobre, mas sem forçar, isso pode fazê-la recuar. Se você se importa, mostre isto a ela, que quando em crise, ao invés de fazer algo assim, ela procure você, um diálogo acalma muitas pessoas!

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