Monthly Archives: Outubro 2011

Medo e Delírio no Texas

Já tem algum tempo que quero escrever essa minha desventura de final de noite, mas antes tarde do que nunca, afinal rir é bom em qualquer momento, então vamos lá.

Nunca pensei que em um sábado eu pude estar no paraíso e do nada cair no inferno. Eu e minha melhor amiga, fomos a um pub ver outra amiga nossa cantar, dançamos, curtimos, e como e não podia beber, haja energético na cabeça. Mas essas energias enlatadas nunca funcionaram bem comigo, o sono tomava meu corpo, re antigos amigos, conversei e reclamei horas do fumódromo improvisado que o pub nos cedeu. E então retorno ao meu antigo discurso: fumante é um bosta mesmo!

Agente paga um imposto altíssimo – que irá subir ainda mais – e ainda é jogado nos piores buracos da balada, isso quando você não tem que sair do lugar pra fumar, o que nos leva e entrar na fila do caixa, pagar a conta pra poder sair, porque além de tudo somos ‘bandidos’, ao menos é o que transparece. Enfim, quem fuma sabe todos os problemas, sei que as demais pessoas – as que não fumam – não são obrigadas a fumar passivamente, sei que há a lei, mas se for criar um local para os fumantes, por favor que não parece um porão de fugitivos da segunda guerra, certeza que a vigilância nunca passou por ali.

Voltando a noite. Amigos, boa música, tudo estava ótimo, pessoas bonitas e divertidas, mas a noite ali acabou cedo – bem pra alguns 4 horas era cedo – dando brecha para a velha discussão, “e agora pra onde vamos?”. Várias sugestões e nenhum rumo certo.

Depois de rodarmos enfim um dos amigos liga e diz: “to aqui no Texas, vem pra cá”. Nunca entrei naquele lugar, nem minha amiga havia se aventurado, então decidimos arriscar, ninguém queria ir pra casa – exceto eu a única sóbria.

Na entrada achamos um fumódromo digno, com um bom espaço e ar condicionado – coisa essencial aqui no norte – e foi então que abrimos a porta dos desesperados. Nunca vi tanta gente feia, mal encarada e com péssimo gosto para moda na minha vida reunidas em um só lugar! Nossa sorte são que certos ‘coletes’ abrem portas, e para nós foi aberto o camarote VIP – que de VIP só tinha nome.

Foi ali que meu nível de irritação atingiu o ápice!  Sabe quando você esta morrendo de fome e vê uma torta saborosa, sabe aquele olhar? Então, eu me sentia a torta. Se você acha que me senti maravilhosa, não viu a concorrência do lugar, tem olhares que incomodam, e muito. Dancei um pouco, tentei me divertir, mas o rei momo que estava próximo cortou meu barato rapidamente com uma cantada pedreira.

O camarote era como um aquário, uma caixa de vidro que dava pra ver todos da pista, o lugar estava cheio, a música mais ou menos, mas a dança… Bem, eu pensei que havia entrado em uma boate e não em um bordel.

Menos de uma hora lá dentro e fomos convidadas a nos retirar do camarote, pois as funções ali estavam se encerrando.

“Vamos pra pista!” disse alguém. Foi ali que eu pedi pra morrer. O chão estava grudando, garras e latas por todo lugar, as mulheres com saltos altíssimos e vestidos drapeados envolvendo seus corpos longe de um padrão ‘panicat’, dançavam empinando a bunda para o alto, onde se poderia realizar um exame de colonoscopia. O cheiro de cerveja podre do chão parecia se misturar com todos aqueles rabos ali, e posso me arriscar em dizer que no meio daquele aroma que me provocou ânsia havia até mesmo porra. Por um instante pensei que tinha aberto o cubo da ‘configurações do lamento’ e me transportado para ‘Hellraiser’.

Eu fiquei perdida sem saber se ria ou chorava, meus olhos lacrimejaram e o estomago anunciava “lá vem a janta!”, então falei “Deus que horror, quero sair daqui”. Todos concordaram e saímos rapidamente. O alivio de voltar a respirar só veio quando sai da boate.

As imagens daquelas bundas me atormentavam a mente, não consigo entender o que leva uma mulher a se desvalorizar daquela forma, não fazia mais sentido, eu só queria ir pra casa e desejava nunca ter entrado ali.

Tudo que eu consegui tirar de proveito desta noite é: nunca mais ir a lugares desconhecidos com procedência suspeita. Quando uma cidade está em crescimento, passando por mudanças e repleta de trabalhadores que passam a semana sem ver mulheres em campos de obra e só vê a cidade nos finais de semana, você não pode se arriscar a entrar em qualquer lugar, nunca se sabe que portal ou dimensão você estará entrando.

 

 

 

 

 

 

Imagem retirada do http://www.humordaterra.com/2011/10/25/anatomia-de-uma-piriguete/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mini e saltos – o dilema

Não sei se estou na moda, não ligo tanto pra isto desde que meu conforto fale mais alto, mas aprecio coisas ligada a ela, etiqueta, senso, e claro, tenho meus sonhos de consumo como uma bolsa Chanel, um sapato Louboutin, maquiagens da MAC, uma mala Vuitton, enfim, aquilo que quase todas nós réres mortais sonhamos um dia possuir.

Era uma sexta-feira e um jantar com amigas, vinho e conversas… Mesa ao lado, dois homens, sempre de olho, falávamos de roupa, sobre o tamanho de short de uma amiga – que estava na mesa – e o dilema, salto alto ou sapatilhas?

Segundo alguns guias de moda, o que se lê é: quanto menor a parte de baixo for, mais baixo deve ser o sapato, a não ser que você seja uma TOP model, ai qualquer coisa tá valendo. Comentei com elas sobre isto, já que eu estava de mini-short-saia, mas de sapatilhas – amo salto, mas não tenho pernas de top! Não julgo ninguém pelas roupas – tá as vezes eu julgo, confesso – cada uma se veste como se sentir melhor, e não estou aqui para ofender ninguém, muito menos minha amiga, que por sinal estava com os pernões em dia.

Quando ela se levantou para ir ao banheiro, eu olhei para ver se o short estava realmente curto, ao fazer isto, os dois homens da mesa ao lado fizeram o mesmo e em seguida um dele se intrometeu com aquela famosa frase “desculpe, sem querer se intrometer, mas ouvi a conversa de vocês sobre salto alto e roupa curta e gostaria de dizer que acho bonito, não sei ao certo se é sexy ou sensual, porque vocês sabem, há uma diferença!”.

Confesso que meu cérebro deu um nó, que piorou após o comentário do segundo homem – o típico tiozinho tarado – que disse, “eu gostei foi é da olhada dela – apontando a cabeça para mim – pra bunda da outra”. Hã? Tinha uma olhada? Eu simplesmente dei uma olhadinha rápida e ri para minha outra amiga comentando “é curto mesmo” e sorri novamente, quando aquela intromissão ‘sem querendo’ nos atrapalhou a conversa.

Curiosa como sou, não hesitei em perguntar qual era essa diferença entre o que seria o sensual e o sexy.

Ele cambaleou pelas palavras e nos usou como exemplo dizendo, “acho que sensual é tipo você com short curto, mas usando uma sapatilha, transmite um estilo. Sexy é tipo sua amiga de short curto e salto alto, pois o salto é legal, empina a bunda da mulher e deixa o corpo modelado”.

Tá, ela riu e levou como elogio, eu ainda queria pesquisar o sensual e sexy, então fui no site de buscas e procurei pelo significado de cada um e se havia a tal diferença, vide:

  • Sensual: adj. Relativo aos sentidos.
    Que satisfaz os sentidos: prazeres sensuais.
    Voluptuoso, lascivo, lúbrico: vida sensual.
    s.m. e s.f. Pessoa sensual, libertina.

  • Sexy: do inglês, que significa atraente, excitante e sensual.

Procurei outros significados lugares pelo significado de sexy e a resposta sempre levava ao sensual, então como é diferente uma coisa da outra se uma é a tradução da outra?

Enfim, minis atraem a atenção seja de salto alto ou não, mas minha curiosidade ainda esta aflita então resolvi fazer uma enquete onde você poderá opinar.

No fim, o cara “espertalhão” ainda tentou descobrir se minha cara amiga com saltos iria para outro lugar, e mesmo mentindo, tivemos o infortúnio de esbarrar com o sujeito, que ao sair do restaurante ainda se queixou do valor da conta, é mole?

*Fica uma dica de uma stylist: se não estiver com as penas em dia, mas quiser ousar, opte por uma meia-calça para não chamar tanto a atenção nas penas. Mas lembrem-se amigas, até as Divas tem burraquinhos. Sonho meu ter pernas finas para abusar dos minis. 

 

 

 

 

Efeito Primata: Celular é arma

É incrível como um celular em mãos erradas pode virar uma arma! Não, ele não foi atirado na cabeça de alguém, mas você já irá compreender o que quero dizer.

Foi um final de semana de sobriedade que vi o quanto o ditado “amigo é amigo, filha da puta é filha da puta” vale. Quando você está sóbria (o) você vira psicóloga (o) dos seus amigos, você vê coisas que não deseja e comigo tudo aconteceu em um pequeno ‘fumódromo’, que acabou por se tornar um divã.

As pessoas bebem e a tendência é se soltarem, – alguns bebem justamente por este motivo – mas ao se soltar, duas coisas podem acontecer: curtir a noite a doidado ou ter um entrar nuna ‘bad trip’ – palavra mais utilizada por ‘curtidores’ de ‘balas’ e ‘doces’ – e iniciar um processo de remoer tormentos de um passado não muito distante, e é nesta hora que você pode acabar  usando o celular para fins não convenientes.

Eu mesma já fui vitima, ou melhor, fiz uma vitima com meu celular. Quando a ‘depre’, desejo ou ódio se misturam com o tal do ‘etílico’ nosso senso e razão desaparecem como um passe de mágica e tudo o que você quer ligar ou torpedear quem não deveria ser vítima da sua ‘cachaçada” – ou mesmo talvez nem mereça sua atenção e desespero.

Acontece que sem a razão, só há uma coisa que pode te salvar seu amigo sóbrio – porque se ele estiver bêbado, é capaz de te dar mais corda pra se enforcar que além de se tornar cúmplice, acabará por sentir vergonha alheia.

Por isso, se sair para beber pense duas vezes em levar o celular, deixo no modo “pai de santo” e só receba ligações. Eu já usei esta ‘arma’, eu já fui vítima da mesma, e como vítima eu sei o quanto é chato receber mensagens no meio da noite ou uma ligação sem nexo algum onde o conteúdo da conversa já não interessa mais para essa tal vitima!

Então se sair para beber com os amigos opte por CURTIR A NOITE A DOIDADO! A dor não vai acabar, o ‘chifre’ não desaparecerá – mesmo que metaforicamente falando – e ele (a) não vai voltar. Esquecer é difícil, mas garanto, é muito melhor do que acordar com ressaca moral. Como diz o sábio Chico Xavier – mesmo que você seja católico, evangélico ou umbandista a dádiva da palavra vale para todos – “o sofrimento é parte do processo de evolução”, então um brinde a evolução!

*Imagem copiada do site Google