Você sabe o que é poliamor? Até algum tempo atrás eu também não sabia, quando comecei a analisar Justine (a personagem do conto que você lê aqui), eu nem imaginava o se havia possibilidades de realmente alguém amar, amar de verdade, mais de uma pessoa, até então, era tudo fantasia da minha mente, quando assisti um programa na tv a cabo chamado “Sexo Estranho”, sobre o tal do poliamor.
Como o nome diz é um estilo de poligamia amorosa consentida. “Por outras palavras, o poliamor, como opção ou modo de vida, defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros simultaneamente.” (Winkipédia)
Nos Estados Unidos existem cerca de 50 mil “casais” vivendo em poliamor, e a 20 anos lutam para por um modo visível e organizado, juntamente com movimentos da Alemanha e Inglaterra. E em 2005 aconteceu nos EUA a primeira Conferencia Internacional sobre Poliamor.
Bem, o movimento é mais popular do que imaginamos. Há vários tipo de relacionamentos poliamorosos, vejamos alguns* (retirados do winkipédia):
- Polifidelidade: envolve múltiplas relações românticas com contacto sexual restrito a parceiros específicos do grupo.
- Sub-relacionamentos: distinguem-se entre relações “primárias” e “secundárias” (um exemplo é a maioria dos casamentos abertos)
- Poligamia (poliginia e poliandria): uma pessoa casa com diversas pessoas (estas podem ou não estarem casadas ou terem relações românticas entre elas).
- Relações em Grupo/casamento em grupo: todos se consideram associados de forma igualitária.
- Redes de relacionamentos interconectados: uma pessoa em particular pode ter relações de diversas naturezas com diversas pessoas.
- Relações Mono/Poli: um parceiro é monogâmico, mas permite que o outro tenha relações exteriores.
Os chamados “acordos geométricos”, que são descritos de acordo com o número de pessoas envolvidas e pelas suas ligações.
Exemplos incluem “trios” e “quadras”, assim como as geometrias “V” e “N”. O elemento comum de uma relação V é algumas vezes referido como “pivô” ou “charneira”, e os parceiros ligados indiretamente são referidos como os “braços”. Os parceiros-braço estão ligados de forma mais clara com o parceiro pivô do que entre si. Situação contrastante com o “triângulo”, em que todos os 3 parceiros estão ligados de forma equitativa. Um trio pode ser um “V” , um triângulo, ou um “T” (um casal com uma relação estreita entre si e uma relação mais ténue com o terceiro). A geometria da relação pode variar ao longo do tempo.
Alguns tipos de relação há restrições como a polifidelidade, onde existe o poliamor, mas não fora da relação.
Algumas relações ainda permitem o swing, fora da relação primária, mas sempre sem que haja envolvimento amoroso. Porém, o poliamor não é uma suruba como se supõe, são relações sérias entre pessoas que não concordam que a monogamia seja a solução para uma relação saudável. Há respeito e deveres, como em qualquer relacionamento.
Há comunidades sociais de apoio aos poliamorosos, onde se conhece pessoas com o mesmo estilo de vida. Os poli-ativistas intervem na sociedade em que se inserem, tentando criar uma imagem positiva e merecedora de respeito junto à maioria.
É respeito e lealdade a seus próprios princípios. Se analisar-mos a historia, no passado (bem passado), esse tipo de relação era natural, em alguns países mulçumanos, culturas como mórmons, seguem essa filosofia.
O preconceito ainda é explicito, a série americana feita pela HBO, Amor Imenso (Big Love) causou furor ao ser exibida, ela conta a historia de um homem que vive três casamentos, todas são cocientes e vivem na mesma casa, a serie aborda vários conflitos que este tipo de relacionamento possa levar, sempre o principal, o preconceito perante a sociedade.
Lembre-se, a traição, a relação fora do casamento monógamo não esta neste contesto, no poliamor todos os envolvidos estão cientes em comum acordo, e sim, há amor.
P.S.: para os machistas de plantão, saibam que há muitos relacionamentos poliamorosos de uma mulher com outros homens, ou vocês achavam que isso era um direito exclusivo masculino?