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Aqui estão meus contos, na grande parte relacionados a uma única personagem, Justine!

Justine – Terremoto na Rotina (parte III)

Justine e Lucas tomaram banho juntos como duas crianças brincalhonas, rindo de tudo que acabara de acontecer. Lucas saiu primeiro, pois já estava atrasado para sua viajem, Justine ficou curtindo a água morna que percorria seu corpo relaxado.

– Querida, preciso ir, me deixa no aeroporto? – perguntou Lucas apressado.

– Sim claro, vou me secar e vestir algo rapidinho – respondeu Justine enquanto desligava o chuveiro e pegava a toalha.

Ela pegou a primeira roupa do armário, um vestido longo, mas leve, ela estava tão relaxada que poderia dormir o dia todo, como um bebê. Lucas já estava na porta berrando desesperado.

– VAMOS AMOR! ESTOU ATRASADO!!!

– Tô aqui já, podemos ir!

– Você esta estranha…

– Eu? Por quê?

– Sei lá, esse sorriso esquisito ai?

– Depois de tudo que houve, você queria que eu ficasse triste ou mal humorada?

– Claro que não! Desculpe se estou meio indiferente, mas não posso perder este vôo, muito menos essa reunião.

– Eu sei – disse com ternura – Bem, pisa fundo então!

Os dois foram em silêncio no carro, na rádio rolava musicas bregas e ninguém se importava em mudar. Justine estava com o olhar longe, ora soltava um risinho malicioso, ora suspirava profundamente.

– Chegamos Ju – disse Lucas saindo do carro parado no “embarque-desembarque”.

– Quer que eu entre contigo? – perguntou Justine indo a sua direção no porta-malas.

– Não precisa anjo – respondeu e beijou-lhe a testa – Vou sentir sua falta cadelinha, te amo, se cuida e juízo!

– Você quem vai viajar, você que se cuide e tenha muitíssimo juízo! Te amo – se beijaram e Justine ficou olhando Lucas entrar no aeroporto.

Ela voltou ao carro e seu celular estava piscando no banco ao lado, 3 chamadas não atendidas, era Amanda, então retornou a ligação.

– Oi putaaaa! Finalmente consigo falar contigo! – disse Amanda animada.

– É que o Lucas foi viajar, vim trazê-lo no aeroporto.

– E ai como estão às coisas? Melhor?

– Sim – respondeu entre risos – melhorou muito!

– Que bom, então não quer sair comigo mais?

– Claro, você acha que vou ficar mofando em casa enquanto ele vai pro Canadá? Frango frito, cerveja forte e Hooters? Mas nunca que fico em casa, onde vamos?

– To saindo com aquele cara da internet, não quer ir no barzinho que te falei que ia? Gata, lá tem tanto topetudo bonito, que você nem tem noção!

– Ok! Me passa o endereço por e-mail, que horas?

– La fica bom pela meia noite… Mas vamos mais cedo, assim agente descola uma mesa, ou um lugar no bar.

– Fechado, umas onze ta bom?

– Dez e meia!

– Fechado! Até mais tarde Mandita.

Justine desligou e decidiu ir visitar a mãe, no caminho foi pensando no que vestir pra noite, e no que disse a Amanda, sobre o Canadá.

– Só espero que o Lucas não encontre nenhuma canadense e me esqueça!

Chegando na sua casinha, a mãe estava no jardim aguando as plantas.

– Ju! Filha que surpresa, você sumiu, quase não a vejo mais.

– Desculpe mãe, é que andei enrolada, e o Lucas você sabe, até viajou hoje de ultima hora pro Canadá, pra resolver um problema de cliente.

– Vocês estão bem? – perguntou a mão ao notar a face preocupada de Justine quando mencionou o Canadá.

– Bem mãe, sei lá, senti medo pela primeira vez, eu e o Lucas andamos meio distantes no ultimo mês, quase nem tempo pra nós dois, só nos víamos na cama pra dormir, caímos em uma rotina que estava me deixando deprimida, eu estava virando dona de casa! Acredita?

– Minha filha… – disse a mãe ao sorrir – você está crescendo, isso parece ser pavoroso mesmo, mas é que nem sempre da para se manter o pique de um namoro normal, morar junto então, mas tem que ter paciência, qualquer relação será assim, tudo tem que ter paciência.

– Eu sei, eu sei! Pena que paciência não faz parte das minhas virtudes.

– Isso eu sei bem! Vamos entrar eu vou passar um cafezinho do jeito que você gosta e tem bolo de cenoura, seu predileto!

– Ah mãe, só você pra me tirar da dieta e me por pra cima – elas se abraçaram e foram para dentro.

As duas ficaram conversando por horas, o pai de Justine chegou para a janta, os três se reuniram em volta da mesa como nos velhos tempos, riram, conversaram, e logo mais Justine foi para casa se arrumar.

– Tchau mãe, obrigada pela conversa – disse Justine enquanto a abraçava – Tchau papai – se despediu beijando o pai carinhosamente.

Justine entrou no carro e disparou até o apartamento, já passava das nove horas e ela não tinha menor idéia de onde era, nem o que vestir. Entrou no apartamento correndo e deixou o computador ligando enquanto tomava outro banho. Conectou-se a internet e entrou no closet para procurar algo.

– O que vestir? O que vestir? – dizia ela com as mãos nos cabelos.

O celular apitou, era uma mensagem da Amanda.

“Amiga, já está se arrumando? Não vai me esquecer em sua safada. Recebeu meu e-mail? Beijos, até logo!! x)”

Justine sentou na mesinha e foi olhar o local, jogou o endereço no Google maps para encontrar o melhor caminho e voltou a se arrumar, entre vestidos, saia e calças ela não tinha idéia do que vestir.

– Acho que um pretinho básico vai bem em qualquer lugar!

Vestiu um tomara-que-caia preto com um belíssimo decote coração e um pouco acima do joelho. Colocou um bolerinho de renda preto, só como enfeite pois não cobria muito seus fartos seios. Correu para o banheiro.

– Caramba, sabe aqueles dias que não da nem vontade de se arrumar? Hoje é meu dia! Droga…. Cadê meu pó… Aqui! Nossa que pele lixo está a minha… Acho que só vou cobrir essas espinhas que surgiram e passar um rímel, será que consigo?

Depois de algum esforço ela consegui se maquiar, uma sombra clara, rímel preto, cílios alongados com o delineador e um batom rosado para dar um ar de saudável. O closet de Justine era um sonho, Lucas, amante de sapatos sempre a presenteava com novidades belíssimas.

– Que droga, às vezes ter muita coisa é um saco, não sei o que calçar, definitivamente, não sei.

Depois de gastar quase 30 minutos calçando diversos sapatos para decidir qual usaria, ela colocou o primeiro que experimentou, salto 10cm vermelho de vinil bico arredondado.

– Acho que to pronta!

Olhou para o relógio já passara das dez e meia, conforme havia combinado com Amanda.

– CARALIO PUTA QUE PARIU, A AMANDA VAI ME MATAR! GRRR – gritou enquanto imprimia o mapa, nem parou pra desligar o computador e saiu correndo trancando a porta.

No elevador ela olhou o endereço.

– Ainda bem que não muito longe, e não tem muito transito.

Ela entrou no carro e saiu em disparada. Ao chegar em frente ao local, o celular tocou, era Amanda.

– Oi amiga!

– Porra Justine, tu vai mesmo me dar um bolo é?

– Não eu já estou em frente, só tenho que achar lugar pra estacionar.

– Segue um pouco mais que tem um estacionamento logo enfrentem é mais seguro, te encontro lá.

– Ok! – ela desligou, seguiu um pouco mais e logo achou o estacionamento.

Fechou o carro e saiu do parking, Amanda estava na frente a esperando.

– Que bom que você veio! – disse Amanda indo em sua direção para abraçá-la.

– Não disse que eu vinha!

– Vamos vou te apresentar o Vitor, ele trouxe um amigo.

– Ah safada, planejando as coisas pelas minhas costas?

– Você vai me agradecer. Mudando de assunto, menina, você ta chique demais, os caras vão cair matando, e eu toda básica.

– Não sei onde básica com essa calça justíssima e este corselet, os peitos pulando de tão apertados – risos.

– Tô tentando entrar no clima do lugar, mas você vai se dar bem, ta toda pin upizuda! – disse Amanda enquanto ria – bem eles estão lá dentro, preparada?

– Meu Deus, até parece que vou conhecer meu futuro marido.

– Quem sabe! Aproveita e guarda a aliança na carteira.

– Tá loca? – disse Justine brava.

– Amiga, você vai me agradecer.

Quando entraram havia uma roda de mulheres alvoroçadas, Justine não entendi o que estava havendo, era muito escuro ali, mas já pode sentir como seria a noite, ainda na entrada ela já havia levado uma cantada do porteiro, outra de um rapaz que passou esbarrado nela.

– Ah! Eles estão ali – apontou para a mesa logo depois da reunião feminina – Cara odeio essas Maria Topetudo, onde vou passo raiva, ainda bem que o Vi não ta nem ai, só olha pra mim.

– Também, ele deve se perder ai nesses peitos, caracas Mandita, estão enormes – disse Justine dando uma apertadinha enquanto ria.

– Safada, vai que eu gosto!

Justine – Terremoto na Rotina (Parte II)

Ao despertar, Lucas já estava acordado arrumando as malas. Ela se levantou, ainda sem falar nada, a cabeça doía como se estivesse de ressaca, foi uma noite turbulenta, insônia misturada com pesadelos. Ela foi ao banheiro escovar os dentes e depois se aproximou do Lucas.

– Você está chateada? – Perguntou Lucas.

– Não… Eu deveria? – respondeu Justine em tom sarcástico.

– Não sei, você falou a noite toda, parecia um cão raivoso.

– É acho que eu não tenho muitos motivos pra estar chateada não é!

– Foi pela pergunta que te fiz ontem? Eu sei que nossa relação ta caída, as coisas não são quentes como eram, mas quem sabe até minha viajem não nos faça bem?

– Se você está falando… – rebateu Justine enquanto virava as coisas para sair do closet.

Lucas foi atrás dela e estava com a feição de raiva.

– Olha garota, eu estou conversando com você!

– Não me chama de garota, você sabe que eu ODEIO!

– Porque ta gritando? Só porque não te comi ontem?

– Olha lá como fala comigo seu idiota! Você acha que só você quer me comer é?

– Porque puta, vai sair por ai e dar pra outros agora que vou viajar?

– Quem sabe! – deu de ombros.

– Olha aqui sua vadiazinha… – Lucas foi interrompido por um tapa na face.

– Eu disse, olha lá como fala comigo.

– Sua puta! Putinha barata!

– Pelo anel que me deu não pareço nada barata. Você que é uma bixinha enrustida! Quer que eu como o seu rabo?

– Não, mas você vai me dar o teu!

Lucas partiu para cima de Justine tentando agarrá-la.

– Me larga seu grosso.

– Grosso é? Meu pau é grosso e você adora.

– Quem disse? Essa mixaria ai! – disse Justine com tom de deboche enquanto tentava se esquivar dos beijos de Lucas.

– Ah é! Então pega essa mixaria – disse Lucas enquanto imprensava Justine contra a parede e baixava a samba canção.

– ME LARGA SUA BIXA!

– Cadela, me da esse rabo dá! Não tava reclamando que não te como?

Justine e Lucas se debatiam na parede, lutando como se estivessem em um vale tudo, Lucas a beijava e apertava sua bucetinha quente, Justine relutou por algum tempo, mas decidiu fingir e entrar no jogo.

– ME SOLTAAAA!

– Cala a boca puta, quer que os vizinhos chamem a polícia? – disse Lucas ao tampar os lábios de Justine com uma das mãos.

Ele a virou de costas, de frete a parede e colocou sua mão por entre as pernas dela.

– Não quer me dar não é? Não é isso que parece, você ta super molhadinha, quentinha… Nossa que delicia. Pode sentir isso? – dizia Lucas ao passar seu pau entre as coxas dela – ta durinho, latejando, querendo sua bucetinha gostosa cachorra.

Justine se debateu, tentou gritar mas só fez um barulho sufocado.

– Vamos ver como esta este rabinho? – perguntou Lucas a si mesmo enquanto averiguava a situação – Veja só! Esta pulsando como louco!

Lucas passou o braço livre pelo quadril de Justine puxando para trás, e com uma das pernas afastou uma das pernas dela, deixano a entrada livre, seja para qual fosse o buraco.

– Não grita putinha – disse enquanto soltava os lábios de Justine para pegar seu pau e penetrá-la.

Ele colocou na bucetinha suavemente sentindo a mesma contrair, um arrepio era visto na espinha nua de Justine, ela gemeu baixinho, depois ele começou a estocá-la com força.

– Sua puta gostosa!

Justine estava entregue, abriu as pernas e empinou o rabo o que pode. Lucas estava de volta!

– Quero no rabinho sua bixa, come ele, eu sei que você adora um rabo! – sussurrou Justine que mau podia falar de prazer.

– Quer é? Agora você quer sua puta?

– Quero! Quero! QUERO!

– Calma não to com pressa!

– Bixa dos infernos, mete, mete!

– Justine escorregou o tronco pela parede ficando em posição de alongamento, Lucas, admirado pela posição, sentiu-se tentado a penetrá-la atrás.

– Golpe baixo! Que putinha baixa! – disse enquanto levava seu pau até o cuzinho de Justine.

Levemente ele colocou a cabecinha, Justine se segurou e gemeu baixinho. Depois de colocá-lo todo dentro, ela não agüentou, encolheu seu corpo e os dois foram para o chão, de conxinha, ele apertava seus mamilos enquanto a penetrava ainda delicadamente.

– Pode ir! Pode ir! – disse ela.

E o ritmo mudou, ficou mais rápido, mais frenético.

– Deus! DEUS! Não agüento mais! Não dá! – dizia ela.

– Agüenta sim!

– Não! Não! – seu corpo sacudiu como em um ataque epilético, ela uivou alto e um liquido quente escorreu por entre eles.

– O que houve? – Perguntou Lucas sem ver o que havia acontecido.

– Não agüentei!

Justine e Lucas ficaram com os corpos colados por quase uma hora. Mesmo com a viajem próxima e as preocupações, mesmo em meio a todo o suor e urina, eles sentiam que estavam à ativa.

Continua…

Freak Butterfly

Justine – Terremoto na Rotina (parte I)

Justine nunca pensara que a vida a dois pudesse ser tão monótona, não quando era com ela, agora sua vida era como de seus pais.

 – Que saco! – exclamou Justine para Amanda.

 – O que houve mulher? – perguntou Amanda.

 – Essa vidinha de dona de casa ta me matando, sabe, ver o Lucas só na hora do jantar, não temos mais sexo todos os dias, muito menos na quantidade que tínhamos, ela só fala de trabalho e mais trabalho, isso ta me deixando…. BROCHA!

 – Ui! Bate na madeira – dizia Amanda enquanto dava três batidinhas na mesa de centro da sala – Ju, mulher, acho que precisa sair mais, sei lá, tirar um dia de folga desse “casamento”, vamos enfiar o pé na jaca, o que acha?

Para Amanda isso era fácil, ela vivia longe dos pais, estudava de manha e estagiava de tarde três vezes por semana, tinha dinheiro e era solteira, além de ser muito bonita, as duas ficaram amigas em um encontro com Marcela para papear, Amanda era sua prima do interior, que agora havia colocado as garrinhas de fora.

 – É, mas sair sem o Lucas nem dá. Oh Deus, o negocio já ta ruim e eu nem casei ainda.

– Melhor cedo, antes que seja tarde pra voltar atrás.

– Mas eu amo o Lucas Mandita.

– Mas também já amou a Marcela e superou não foi?

– Fico sem graça de falar sobre ela contigo – cochichou Justine com a face rubra.

 – Sai fora, eu nem ligo pra essas coisas não, você sabe que eu não sou chegada, mas não tenho nada contra.

 – Ta certo…

– Bem, eu vou indo, tenho um encontro com um gatinho da internet – disse Amanda entre um sorriso malicioso.

– Mandita, olha lá, esse lance de internet é furada.

– Dá nada, eu já conheço um amigo dele, vamos a um barzinho rocker e tal.

– E você lá gosta disso menina?

– Gostos de homens maus, disso que eu gosto!

– Eu também gostava…. – disse Justine desanimada.

– Animo mulher! ANIMO!

Elas se despediram e Justine foi preparar o jantar. Tudo estava na mesa quando Lucas chegou, calado, ele foi até o quarto se trocar, em seguida voltou esquisito, sentou-se a mesa e finalmente falou.

– Justine, precisamos conversar.

As pernas de Justine balançaram e ela jogou o corpo sobre a cadeira e com as mãos apoiando o crânio começou a refletir no que poderia ter feito.

– Você esta bem amor?

– To… To sim, por quê?

– Ficou pálida, parecendo um morto.

Ele aproximou a cadeira da dela, e a abraçou.

 – Calma amor, bem, eu tenho uma noticia meio chata… Mas nada sério.

– O que foi?

– Tenho que ir para o Canadá resolver um problema, um dos meus clientes, se meteu numa fria, e tenho que ir lá defendê-lo, e como a firma tem uma filial em Toronto, me mandaram para lá.

 – Quando?

– Amanha!

– Já? Mas, e quanto tempo ficará?

– Não sei querida, isso pode levar dias, ou semanas.

– O caso é serio?

– É, mas prefiro não comentar nada agora.

– Tudo bem…. Se você tem que ir, quem sou eu pra dizer algo.

– Amor, sei que estou muito ausente, que não tenho te dado atenção, mas pode até ser bom, sabe, ficarmos longe um tempinho, a saudade vai bater e tudo pode voltar a ser como era.

Justine ficou meio desconfiada com aquelas palavras, mas decidiu não perguntar nada. Os dois jantaram, ela lavou a louça enquanto ele arrumava as malas. Ela foi para o quarto logo em seguida arrumar a cama.

Enquanto ambos escovavam os dentes, Lucas perguntou.

 – E então, vai querer transar hoje…?

Justine ficou catatônica, esquecera até como se escovava os dentes e quase engoliu a pasta.

– Justine, você me ouviu?

– É… Se você quiser, tudo bem.

– Eu to meio cansado e a viajem é longa, se você não se importar.

Com a escova na boca ela sorriu friamente e disse:

– Tudo bem, pode dormir.

Lucas beijou-lhe a testa e foi para cama. Justine estava pasma ainda com a pergunta. E começou a resmungar para si mesma.

– Como assim se eu quero transar? É obvio que eu quero, você vai ficar longe babaca! E como assim, perguntar se eu quero transar? E aquele papinho de vai ser bom? A mais isso não vai ficar assim não, ele vai viajar, eu vou é pra esbórnia.

Justine voltou para cama e nem se quer eu o beijinho de boa noite em Lucas, virou para o outro lado e tentou fingir que estava dormindo, enquanto sua cabeça não parava de maquinar aquelas ultimas frases dele.

 

Continua…

Justine – O Baile de Mascaras (Parte final)

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Justine ligou para Marcela e as duas foram a caça de um vestido perfeito, afinal, ela seria apresentada como noiva de Lucas a todos seus sócios, não podia parecer vulgar, mas também não queria perder sua identidade.

Depois de rodarem horas e horas de loja em loja, quando Justine estava perto de desistir passou enfrente a uma simples loja, e na vitrine uma bela vestido de cetim preto longo de alcinhas com um belo decote na costa.

– Será que fica muito vulgar, parece uma camisola? – perguntou para Marcela.

– Ele é lindo, simples e lindo, e não é camisola, ta na etiqueta, és vestido! Eu acho que não, você é jovem e tem um belo corpo, por acaso vai querer usar o que? Um terninho?

– Claro que não… Mas sei lá, não sei como são as mulheres dos outros advogados…

– E desde quando você ligou pra isso?

– É importante pra ele… Só isso!

– Bem, vamos entrar, experimentar e daí agente analisa. Ok?

– Certo!

O vestido caiu como uma luva. Ficou perfeito, era realmente o que procurava, como não havia muito decote na frente e com  o de trás sendo grande, o vestido não ficaria vulgar.

– Falta apenas os acessórios certos! – disse Marcela.

– Você acha?

– Claro. Sabe aquela coleira de brilhantes que o Lucas te deu mês passado?

– Sei…

– Ela vai ficar perfeita! Não vai mais precisar de nada. Só ele e essa aliança gigante ai já bastam. Agora falta a mascara. Mas sei onde tem umas fantásticas, daquelas de cinema.

– Ok! Você me convenceu, vou ficar com ele, afinal, ele é a minha cara!

As duas foram para a loja de mascaras, realmente era uma mais linda que a outra Justine ficou em duvida de qual levar, depois de muito vasculhar, eis que lá estava, a mascara perfeita, era simples, sem muitos adereços, mas era sedutora, imitação de couro repleta de furos para a visão cobria somente a região dos olhos.

– Perfeita! Vou levar esta! – exclamou Justine.

– Não ta muito simples?

– Eu adorei!

– Ok, então vamos, se não você não conseguirá se arrumar a tempo.

Ao chegar em casa tudo estava escuro, Lucas não estava lá. Encima da mesa da cozinha havia o convite e um bilhete.

“Querida Justine, desculpe mas tive algumas coisas de ultima hora para resolver, aqui está o convite e o dinheiro para o táxi. Estarei lhe esperando lá.

Te amo…

Lucas”

– Não acredito que ele me deixou aqui pra ir sozinha a um lugar desconhecido.

– Ah Ju! Da nada, eu te deixo lá, vá tomar um banho que eu vou te ajudar a se preparar pra grande noite! – risos.

– Porque esta rindo sua boba!? – indagou a furiosa Justine.

– Ah, é que achei bonitinho isso tudo, você ta a típica moça de família… Fico pensando “cadê a puta da Justine? Onde ela se perdeu?”.

– Cala a boca!

Marcela se abre em risos.

Justine foi para o banho e Marcela colocou tudo que ela precisava sob a cama. O vestido negro, a coleira de brilhantes que tem como detalhe uma correntinha caída e uma gota de brilhante na ponta, sandália de salto preta com pequenos detalhes em pedraria, Marcela achava aquela sandália um fetiche absurdo. E por fim a mascara.

Marcela maquiou a amiga, olhos mais leves, bochechas rosadas e boca marcante. Cabelos preso com um coque para não esconder o decote. Ela estava incrivelmente linda. Até Marcela ficou espantada.

– Como você cresceu! – suspirou Marcela.

– Para de ser boba, você ta me deixando nervosa.

– É serio amiga, você mudou, está mais madura e mais bonita ainda.

– Obrigada… E valeu pela ajuda, não teria conseguido sem você.

– Capaz! Bem, vamos nessa, se não sua carruagem vira abóbora!

Ao chegarem ao endereço, as pernas de Justine estremeceram, tudo estava deslumbrante, as pessoas chegando, parecia entrega do oscar.

– Não sei, estou nervosa. Será que estou bem?

– Claro, você está ótima, no maximo causará inveja a essas velhas caídas.

– Vou ligar para o Lucas pra ele me encontrar na porta.

– Oi amor – atendeu Lucas.

– Onde você esta?

– Eu estou no escritório assinando uma papelada.

– Droga Lucas! Eu estou aqui na frente. Anda, eu não vou entrar sem você.

– Entra amor, logo eu chego e te encontro lá dentro. Está muito frio ai fora.

Realmente aquela era uma noite gélida. E suas roupas não eram tão apropriadas para se manter aquecida, mesmo com o sobre tudo que vestia.

– Ok! Você me deve muito viu! Odeio você.

– O Lucas me paga!

– Vai lá e arrasa. Me liga amanha pra conta como foi.

– Te amo Má!

– Eu também Jú.

As duas deram um selinho e Justine saiu enfim do carro. Já com a mascara caminhou até a portaria rapidamente, entregou o convite, recebeu um sorriso de boa noite e entrou no hall. Tudo estava impecável. As pessoas estavam lindas, as mulheres pareciam de revista. Ela ficou parada por alguns instantes sem conseguir tirar o casaco, então repetiu para si mesma silenciosamente: “Pare de ser boba, vá lá e seja você mesma. Arrase!”.

Ela foi até a chapelaria para deixar o casaco.

– Boa noite senhora! Está acompanhada de quem?

– Boa noite, estou com o senhor Lucas Vittorelli.

O chapeleiro fez sinal para pegar o casaco de Justine, ela então respirou fundo e o tirou para entregá-lo, rapidamente, ela pode sentir os olhares do salão vindo em sua direção.

– Aqui esta senhorita, seu cartão para retirar o casaco. Tenha uma ótima festa!

– Obrigada – disse ao se retirar para o salão principal.

Onde ela passava as pessoas a olhavam, os homens de desejo e as mulheres de inveja. Foi como Marcela havia previsto. Ela pensou consigo mesma que precisaria de uma bebida e foi para o bar.

– O que a senhorita deseja?

– Champagne – disse um cavalheiro ao lado.

Justine olhou esperando que fosse Lucas, mas não parecia.

– Obrigada, mas prefiro um whisky – disse olhando para o garçom.

– A senhora está sozinha? – insistiu o cavalheiro.

– Não, estou esperando meu noivo.

– Que cavalheiro de sorte! Pois a senhorita é a que mais brilhará neste salão – ele segurou a mão de Justine, beijou-a e partiu para a multidão.

Seu coração estremeceu, as pernas ficaram bambas, ela tornou a dose de whisky e fez sinal pedindo outra.

– Noite difícil senhorita?

– Acho que será! – ela sorriu e se retirou.

O celular não tocava e nem sinal do Lucas, afinal com tantos rostos escondidos, como ela saberia quem ele seria de fato. Resolveu ficar parada próxima a entrada. Depois de alguns minutos a angustia bateu em seu peito, o que ela deveria fazer? Ir embora e depois matar o Lucas em casa? Relaxar e aproveitar a festa? Então ela sentiu alguém a observá-la. Lá estava um rapaz parado, a poucos metros olhando-a fixamente. Ele estava de smoking preto e uma mascara branca que cobria toda a face. Depois de alguns minutos de olhar fixo, Justine se sentiu mal e começou a andar, logo o homem misterioso começou a segui-la. Justine deu a volta pela pista de dança tentando encontrar um rosto familiar e nada. Então resolveu seguir até o banheiro.

Para chegar lá tinha de atravessar um corredor imenso com luzes ambiente e decorado em tecidos e mascaras. Por sorte ou azar, o corredor estava deserto. Justine apressou o passo e o cavalheiro misterioso fez o mesmo. Então ela correu até o banheiro. Ao fechar a porta seu coração havia disparado. Ela se olhou no espelho e pela primeira vez na noite viu o quanto estava encantadora, abriu a pequena bolsa e tentou ligar para Lucas, mas não obteve sucesso. Ela se sentou em um puf e decidiu esperar até que alguém aparecesse.

Cerca de 15 minutos depois uma bela senhora entrou no banheiro.

– Oh! O que faz aqui minha jovem? Você está bem?

– Só fiquei um pouco enjoada.

– Animo, é uma festa linda, deve aproveita-la!

– Sim, obrigada senhora – disse Justine ao se levantar.

– Qual o seu nome mocinha? É filha de alguém aqui?

– Não, não. Meu nome é Justine sou noiva do Lucas Vittorelli.

– Oh! O Lucas, ótima rapaz! Meus parabéns, será que posso felicitá-la?

– Claro – disse Justine sem graça ao aceitar o abraço.

– Parece que o pequeno Lucas também é um rapaz de sorte, você é uma mocinha encantadora. Meu nome é Lurdes Maria Ramos, meu marido trabalho com ele.

– Ah o senhor Ramos! Já ouvi falar dele.

– Espero que bem – disse a sorridente senhora.

– Sempre! – concluiu Justine com um sorriso.

– Vá querida, vá encontrar Lucas, eu ainda não o vi hoje.

– Senhora? Quando entrou aqui, viu alguém pelo corredor?

– Não, não, estava vazio.

– Ah, obrigada! Vou procurar por Lucas. Foi um enorme prazer Senhora Ramos.

– O prazer foi todo meu, mas pode me chamar de Lurdes querida.

– Obrigada Lurdes – disse Justine acenando positivamente com a cabeça.

Ao abrir a porta, ela ainda estava desconfiada, verificou o corredor e nada viu. Suspirou e saiu andando normalmente.

– É, parece que o maluco enfim me deixou em paz.

Quando passou por algo que parecia uma cortina, sentiu uma mão envolver sua boca e um braço por sua cintura. Ela tentou gritar, mas não conseguiu, ela se debateu, mas o estranho era mais forte e a puxou para trás da cortina. Era uma sala vazia, escura, com várias tralhas, ele a soltou, e ficou admirando sua face de espanto.

– Quem é você o que você quer? – disse Justine desesperada.

– Shhhhhh – disse o cavalheiro misterioso fazendo sinal de silêncio com a mão.

– Olha, se você não disser o que quer agora, eu vou gritar.

O cavalheiro nada respondeu, apenas se aproximou dela acariciando sua fria face.

– Me deixe ir…

O cavalheiro fez sinal de que ela poderia partir. Quando Justine levantou, ela a puxou com força e a jogou contra a parede, tapou sua boca e tocou em sua costa. Com seu corpo imprensado ao dela ele livrou uma mão para puxar o vestido para sina até que pudesse tocar sua bunda. Que sorte, era uma pena calcinha para não marcar o vestido. Justine tentava escapar e gritar, mas não conseguia. E novamente o cavalheiro fez “shhhh” para que ela relaxasse.

Ele tocou sua buceta por cima da calcinha e a sentiu molhada, essa era Justine, até entre esses joguinhos ela ficava excitada. Ele baixou o zíper, ela ouviu a calça cair. Afastou a calcinha e ela travou as pernas. Ele começou a acariciá-la, a tocava, até que não resistindo cedeu. Empinou o rabo para abrir passagem ao estranho, ao sentir ser penetrada, percebeu que aquele pau, aquele jeito era familiar. Na primeira estocada, o cavalheiro soltou os lábios de Justine e a puxou pela corrente da coleira se aproximou até o ouvido dela e sussurrou.

– Eu te amo puta gostosa!

Era Lucas! Justine então se entregou de vez ao prazer, encostada da parede ela a estocou com força segurando-a pela coleira de brilhantes. Ela queria gemer alto, se soltar, a tempos não tinha essa sensação de perigo, de que alguém pudesse chegar, de que aquele fosse um estranho, de que depois dali, ela voltaria ao salão esporeada. Ela empinava o rabo caba vez mais, e teve direito até a uns tapinhas. Logo ambos gozaram. Tudo foi tão intenso que a porra de Lucas misturada a de Justine escorreu por entre as coxas. Preocupada em sujar seu longo vestido negro, ela o puxou até a cintura delicadamente para não amassar.

Lucas levantou um pouco a mascara e agachado percorreu a língua pelo mel que descia, depois retirou um lenço do bolso e limpou as coxas da amada.

– Pronto querida, pode baixar o vestido.

– Você me assustou – disse Justine ao dar um tapinha no braço de Lucas.

– Eu sei que você gostou safadinha.

Justine deu um sorrisinho sacana e arrumou o vestido.

– Está tudo certo?

– Linda! Nossa você esta belíssima, adorei, tudo o vestido, a mascara e a minha coleirinha!

– Vou ao banheiro retocar a maquiagem.

– Certo! Eu saio primeiro pra vê se há alguém no corredor.

Lucas abriu a cortina e olhou para os dois lados. Não havia ninguém, ele virou para Justine fez sinal de positivo.

– Vamos!

Os dois saíram como se nada tivesse acontecido, ela seguiu até o banheiro e ele a esperou no inicio do corredor. Ela voltou, impecável como antes, sorriu e foram para o bar.

– O que deseja beber querida?

– Whisky!

– Um whisky para minha bela dama e uma taça de vinho tinto seco para mim.

– Sim senhor! – respondeu o simpático garçom.

A noite seguiu maravilhosa, Justine reencontrou a Senhora Ramos, conheceu os sócios de Lucas e dançou com o amado a noite toda. Os dois voltaram para casa relaxados. Foi uma noite incrível.

E antes de dormir, Justine e Lucas transaram mais uma vez, ela de mascara, coleira e scarpin e Lucas apenas de mascara. Fora mais uma transa maravilhosa digna de dormirem lambuzados.

Freak Butterfly

Justine – O baile de máscaras Parte I

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Pela primeira vez em muito tempo, Justine se sentia bem consigo mesma. Depois do casamento de seu querido primo e tudo que aconteceu em meio aos festejos, incluindo fazer amor pela primeira vez, sua vida estava tranqüila.

O noivado estava bem, correndo o curso tranquilamente, sem pressões como imaginava que seria. Mas essa rotina a deixava em alguns dias inquieta. Lucas trabalhava mais do que nunca, estava em um grande caso, que poderia lhe render uma ótima promoção. Então ela ficava mais tempo na casa dele para ajudá-lo com a organização. Justine estava se tornando a perfeita dona de casa.

Em uma tarde de sábado, enquanto Lucas fazia serão no escritório, Justine convidou Marcela para colocarem as fofocas em dia.

– Que saudades! – exclamou Justine ao abraçar a amiga.

– Eu também, pensei até que havia esquecido de mim – respondeu fazendo bico.

– Nunquinha mesmo sua boba! Vamos, entre!

Marcela entrou lentamente observando tudo, ela só havia ido ali uma única vez e como na época não gostava de Lucas, ela nem havia prestado atenção no apartamento. Era moderno e ao mesmo tempo antiquado, com uma estante imensa cheia de livros, e outra com DVD.

– Caracas Ju! Quem diria que você iria se tornar uma dona de casa! – disse Marcela sorridente.

– Para com isso, eu não sou dona de casa. Só estou ajudando o Lucas, ele esta trabalhando demais.

– Imagine como será quando se casarem…

– Para Má, poxa, você veio zombar de mim?

– Claro que não – respondeu com um sorriso bobo – é só que você não parece você. E isso é estranho. Todos tem perguntado onde anda a fogosa Justine.

– Ué, eu to namorando.

– Eu também, mas o Gustavo não me impede a nada.

– Ok! Ok! Eu sei que to meio parada. Ok! Muito parada… Mas é que o Lucas não tem tido tempo pra nada.

– Parece que já se casaram né amiga?

– Pior! Parece que nos casamos há 10 anos. Quer beber algo?

– Vinho?

– Tenho um ótimo! Fique a vontade amiga que eu vou pegar o vinho e as taças.

– Ok! – disse Marcela se acomodando em uma confortável poltrona de couro.

As duas passaram horas bebendo e conversando sobre suas vidas. Justine havia sido demitida do emprego e aproveitou para relaxar vivendo com o seguro desemprego, mas Lucas dava tudo que ela precisava. Marcela estava batalhando e vivendo bem com Gustavo, os dois finalmente se encaixaram e já até planejavam morar juntos. Marcela contou das festas que foi, das farras que curtiu ao lado do namorado e Justine se sentiu um nada, uma simples dona de casa. Já haviam se passado horas e Marcela iria no bar encontrar o namorado.

– Bem amiga, foi ótimo conversar com você. Eu ainda te amo muito viu, se precisar de mim, é só gritar – disse Marcela em um abraço de despedida.

– Obrigada Má, nossa você hoje me fez um bem danado.

– Olha Ju, não deixe nunca de ser você, não perca a sua essência por nada.

Aquelas palavras soaram como uma martelada em sua cabeça. Realmente, no que ela estava se tornando? Em tudo que nunca havia desejado.

– Ok… – afirmou sem graça.

Depois que Marcela se foi, ela ficou sentada no sofá, o sol caiu por terra e ela nem se quer moveu os dedos. A porta se abriu lentamente, tudo estava escuro.

– Justine? – perguntou desconfiado Lucas ao entrar.

– Sim! – sussurrou no escuro.

Lucas então acendeu a luz da sala e encontrou Justine deitada no chão com as pernas encima do sofá.

– Querida, você está bem?

Justine permaneceu muda por alguns instantes.

– Jú!

– O que é? – respondeu irritada.

– Você ta bem menina!? – perguntou Lucas ao se aproximar da amada.

– Não, eu não to nada bem!

– O que você tem, está doente? O que esta sentindo?

– Vazio Lucas! Vazio!

– Mas por que meu amor, o que te falta?

– Fodas, boas e excitantes fodas.

– Mas agente faz amor todos os dias, bem, quase todos os dias, eu sei que estou meio ausente…

– O problema é este amor! Fazer amor! Lucas, essa não sou eu… Não o eu que você conheceu e amou. Essa coisa de fazer amorzinho… Ergh! Me da até agonia, é muito casalzinho de velhos, cadê nossas brincadeirinhas, nossas fantasias?

– Desculpe querida, eu sei que estou ausente, sei que sente falta porque eu também sinto.

– Essa não sou eu… Eu me sinto presa demais. Nunca gostei disso, eu gosto de me sentir livre.

– O que quer que eu faça?

– Seja você novamente. Cadê meu pervertido, meu garanhão? Quero minha putinha de volta! – disse emburrada.

– Eu sei amor, eu sei! Olha é só uma fase, uma péssima fase, essa droga de caso esta acabando e as coisas vão melhorar, podemos ir onde você quiser, eu tiro uns dias de folga e vamos pra casa no campo, ou pra praia, ou se quiser, vamos até em uma casa de swing.

– Isso vai demorar?

– Claro que não minha garotinha mimada – disse ele enquanto afagava seus cabelos.

Eles se beijaram e Justine se levantou para preparar o jantar. Depois de lavarem a louça, resolveram ver um filme pra relaxar.

– Já percebeu que é sábado a noite e estamos em casa sem nada pra fazer? – disse Justine.

– Sim. Você quer sair?

– Você quer?

– Confesso que estou com um pouco de sono… Mas se você quiser ir, eu vou, sem problemas, tudo pra colocar um sorrisinho neste rostinho lindo.

– Não tudo bem, não trouxe roupas de balada.

– Me perdoe querida se eu não tenho lhe satisfeito como merece…

– Ok, eu entendo, certo!? Logo vai acabar não é?

– Sim! E vamos a fora! E falando nisso, sábado que vem vamos a uma festa.

– Que festa?

– É da ordem dos advogados, será um baile de mascaras.

– E estará cheio de velhos barrigudos com suas esposinhas medíocres?

– Você acha que serei barrigudo ao lado de uma esposinha medíocre? – perguntou Lucas sarcasticamente.

– Nunca, não se a esposinha for eu! – respondeu presunçosa.

– Estão vá comprar esta semana um vestido bem elegante e uma bela mascara, quero minha futura esposinha tesuda e gostosinha ao meu lado neste evento, lá serei apresentado aos demais sócios. Por isso irei. Certo?

– Ok, ok! Vou chamar a Marcela pra me ajudar a escolher algo elegante.

– Te amo boneca! – disse e depois beijou-lhe ardorosamente.

– Eu também minha puta, estou com saudades deste rabinho – disse Justine maciosa.

Os dois voltaram a se beijar e se jogaram ao chão. Lucas levantou a camisola de Justine e começou a beijar-lhe a barriga, descendo até as coxas, e com os dedos firmes percorreu a xoxotinha que tanto apreciava. Justine logo se contorceu ao toque quente de Lucas, sua pele ardia e os pelos arrepiavam, ela gostava daquele sexo não planejado. Lucas se levantou e segurando a mão de justine disse:

– Se ajoelha cadelinha, quero que engula meu pau todinho, eu sei que você gosta.

Justine se ajoelhou e colocou lentamente o pau de Lucas até que seus lábios encostaram-se à base. Ele gemeu e ela, rapidamente tratou de colocar um dedinho na borda do rabinho dele. Seu pau latejou com mais força, mas ela não o deixaria gozar, depois de algumas chupadas, ela olhou para ele e disse:

– Mete em mim!

De joelhos, ela apenas se debruçou no sofá, ele afastou as nádegas dela e admirou seu rabinho, deu uma lambida e começou a chupá-la, logo ela estremeceu, era sinal de que estava pronta. Ela a puxou para si encaixando seus corpos, Justine estava no vai e vem frenético.

– Está gostando cadelinha?

– Muito minha puta! Adoro foder contigo!

– Vai gozar gostoso no meu pau?

– Vou lambuzá-lo todinho.

Mais algumas fortes estocadas e os olhos de Justine brilharam, viraram e suas pernas tremeram. Em seguida Lucas gemeu e suspirou satisfeito. Os dois permaneceram sentados, ela no colo dele, sob sofá de couro, suados e cheirando a porra. Ela sorriu satisfeita.

Agora era se preparar para ser a dama perfeita no baile de mascaras.

Continua…

Freak Butterfly

Justine – O casamento do primo Mario Final

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Lucas sentiu o desespero de Justine em seu abraço apertado. Ele afagou seus cabelos e sussurrou em seu ouvido.

Calma, está tudo bem! Eu to aqui amor… Xiiiii – e continuava a afagar-lhe os cabelos.

– Ainda bem que você chegou, eu quero ir embora, preciso ir embora – dizia ela desesperada.

– Ju, acalme-se! O que houve?

– Vamos dar uma volta? Tem uma campina aqui próxima onde teremos paz.

– Calma! Vamos deixar minhas malas no quarto, vou cumprimentar seus parentes e então conversaremos.

Contra a sua vontade, Justine acenou positivamente com a cabeça.

– Lucas! Que bom que pode vir antes! – disse Maria animada.

– Olá dona Maria, pois é eu não podia mais ficar longe da minha boneca – concluiu sorridente.

– Entre meu rapaz, vamos conhecer a família! – disse Carlo.

Sorridente Lucas entrou com uma mala de mão.

– Deixe que eu levo isso para o seu quarto – falou Fabio prestativo.

– Ah! Obrigado, sou Lucas – estendendo a mão para Fábio.

– É eu já o conheço por nome, sou Fábio, primo da Ju – apertou a mão em um sorriso largo.

Justine ficou furiosa com a atitude do primo, ficou claro seu olhar de reprovação.

– Bem Lucas, venha até a cozinha para conhecer os noivos.

Depois de varias apresentações e muitos beijos e abraços, Lucas já estava se sentindo parte daquela enorme família. Ao ver sua amada pode notar a angustia estampada em sua face.

– Lucas, quero te mostrar um lugar, vamos cavalgar?

– Claro meu anjo! Se me dão licença – disse Lucas educadamente saindo em seguida com a namorada.

Os cavalos já estavam selados, para quem quisesse passear após o café e aproveitar o ar campestre da manhã. Os dois montaram, mesmo sem roupas apropriadas.

– É só me seguir… Quer apostar corrida? – perguntou Justine com um breve sorriso.

– Isso te faz bem?

– Muito!

– Então vamos!

Os dois galopearam rumo à campina, Justine estava solta, com o semblante mais leve, cavalgar deixava Justine leve. Em minutos Justine estava parando o cavalo e em seguida Lucas. Ela desceu e caminhou até a nascente. Com lágrimas aos olhos, ela se sentou e não conseguiu olhar para Lucas.

– O que houve? – perguntou Lucas já nervoso.

– Lucas… Eu não sei como lhe contar isso… Aconteceu uma coisa, olha, não sei simplesmente não sei lhe explicar… – e começou a chorar.

– Menina, o que houve? Pelo amor de Deus eu to nervosa, me diz logo o que está havendo!? – Lucas sentou-se ao lado de Justine tentando tirar as mãos de sua face – Diz menina, o que esta havendo.

– Eu te traí!

Lucas ficou catatônico. Não sabia se levantava ou sentava de vez. Ele não sabia de gritava ou xingava. Seus olhos ficaram frios, ele se virou pra Justine e perguntou.

– Porque? Me diz, eu mereço isso?

– NÃO!Não, eu não te mereço, você é bom demais pra mim Lucas, eu sou uma puta, uma vagabunda que não presta. Não foi porque eu quis. Mas aconteceu.

– Como não quis, como assim? Essas coisas não são assim e você sabe.

– Eu vou te contar… Eu e Mario discutimos, aqui na campina, e depois ele se declarou pra mim… Eu fiquei pasma, pois ele contou pra noiva que tivemos um romance há um tempo atrás, e eu fiquei mau, muito mau, foi quando te liguei. Eu fui dormir mais cedo, quando definitivamente adormeci, senti alguém deitado comigo, eu estava confusa, em meio a todo choro antes de dormir e desejo de você estar perto, me fez pensar que era você ali. Logo eu estava excitada e isso me despertou, quando vi não era você, então tentei me soltar, mas era o Fábio…

– AQUELE FILHO DA PUTA QUE PEGOU MINHA MALA? DESGRAÇADO! – berrava com ódio.

– Deixa eu terminar… – dizia em lagrimas – eu tentei me soltar, mas não queria fazer barulho, ele disse que sabia que eu já tinha dado pro Mario e deveria dar pra ele, ele afastou minhas pernas e meteu, depois de me comer, ele gozou na minha bunda.

– Você precisa de detalhes? – disse Lucas em lagrimas.

– Precisava, porque eu passei a noite toda no chuveiro, em lagrimas, me lavando me sentindo suja, me esfreguei tanto que machuquei o corpo. Eu sei que isso não é desculpa, nem me livra da pena. Mas Lucas, eu juro! Não foi nada, nada alem de me ferir emocionalmente.

– EU VOU MATÁ-LO!

– Por favor, Lucas, ninguém da família sabe disso, e eu já o coloquei no lugar dele hoje. Lucas, você pode terminar comigo agora, pode ir embora, me odiar, mas eu não podia te esconder isso, eu me senti mal demais… Por que… Porque eu te amo muito.

Lucas pode ver a sinceridade em seus olhos e a abraçou, lhe acolheu em seus braços. Beijando seus cabelos e testa.

– Eu te amo menina, mesmo que me doa ouvir o que eu ouvi, dói muito mais viver sem ti. Mas este Fábio, não passará em branco!

– Por favor!

– Por favor, digo eu! Não farei escândalos e serei educado.

Os dois ficaram na campina por horas, abraçados, deitados na grama olhando a copa das arvores e os desenhos que elas faziam com a pouca luz que penetrava naquela campina. O estomago de Lucas roncou e Justine se lembrou que ele não deveria ter comido nada.

– Vamos, eu vou fazer algo pra você comer, aliais, já deve estar quase na hora do almoço.

– É, eu realmente estou com fome… Melhor ir-mos, se não sua família vai achar que sou um psicopata que te seqüestrou ou te matou e jogou o corpo no rio.

– Acho que eles ficariam aliviados com isso!

– Você ainda não gosta dos seus primos e primas né…

– Agora menos ainda. Eu queria ir embora!

– Calma, vamos ficar, vamos pro casamento, além do mais eu tenho uma surpresa pra você!

– Surpresa?

– Sim, agora tenho mais certeza ainda de lhe dar este presente.

– Diz isso só porque sou curiosa! – disse emburrada enquanto montava no seu cavalo.

– Hei! Nossa, olha lá perto do lago, não é um coelho?

– Onde?

Lucas saiu em disparada.

– Droga! Não é que ele me enganou! – e saiu atrás dele.

Os dois chegaram rindo como duas crianças na casa grande. Fabio estava emburrado na varanda lendo um livro junto com Mirim e Leona, duas outras primas. Lucas fez questão de ajudar a amada a descer do cavalo e lhe dar um beijo cinematográfico, os dois entraram abraçados na casa, Lucas olhou de rabo de olho para Fabio, que sentiu seu ódio.

Depois do almoço, Justine e Lucas foram para o quarto descansar, pois a noite seria o ensaio de casamento. Ao se deitarem ele viu as marcas na coxa de Justine, seu corpo todo marcado por arranhões, ele deslizou os dedos delicadamente enquanto ela cochilava. Ele começou a beijar cada ferida feita, quando ela despertou.

– Desculpe amor, não queria acordá-la!

– O que esta fazendo? – disse meio sonolenta.

– Cuidando das tuas feridas… Eu sinto muito por não estar aqui…

– Não foi sua culpa, isso só virou um pesadelo…

– Eu to aqui agora… Vou cuidar de você.

Os dois se beijaram e pela primeira vez se amaram de fato, com calma, com carinho, foi algo único pra Justine desde o inicio da sua vida sexual só havia tido relações devassas e sem qualquer ligação afetiva.

Os dias passaram voando para o casal de pombinhos, Justine e Lucas eram um dos padrinhos do casamento de Mario e Priscila. Depois de ensaios e churrascos em família, chega então o ultimo jantar em família antes do casamento. Os noivos eram felicitados pela alegria que teriam na manhã seguinte, todos acolheram Priscila de braços abertos. Em meio ao jantar e a tantos brindes, Lucas pede a atenção de todos.

– Por favor! – diz Lucas enquanto bate uma colher na taça de vinho – Eu gostaria de desde já felicitar Mario e Priscila e desejar-lhes muito amor, alegria, saúde e bênçãos. Gostaria de dizer também que foi uma honra poder estar unido a esta família tão alegre e simpática, pois Justine é muito importante na minha vida.

Ele se calou por um instante e olhou a amada que estava envergonhada.

– Bem, e gostaria de pedir algo, se não for atrapalhar o momento dos noivos – disse ele acenando para Mario pedindo autorização para dizer algo.

– Claro primo! Siga enfrente – respondeu sorridente.

– Eu gostaria de… – Lucas colocava a mão no bolso procurando algo e retirou uma caixinha aveludada vermelha, ele se aproximou de Justine e de joelhos abriu a caixa contendo duas alianças em aço e ouro sendo a dela com um brilhante e disse – Justine, eu te amo de fato, e nada pode mudar isso. Quer se casar comigo?

Todos estavam espantados e maravilhados ao mesmo tempo. Justine não conseguia mover os lábios, apenas lagrimas percorriam suas faces, ela sorriu e acenou a cabeça positivamente com um amplo sorriso nos lábios.

Todos ficaram em alvoroço batendo palmas para os novos noivos. Mario estava serio e Priscila sorria satisfeita. Os pais de Justine correram para felicitar o casal, Maria e Carlo estavam muito felizes pela decisão da filha que fez questão de deixar claro.

– Calma mãe, estamos só noivando, isso não quer dizer que casaremos amanha! – foram as primeiras palavras dela como noiva.

– Mas estou super feliz por você filha, fez uma excelente escolha!

– Parabéns meu jovem – disse Carlo para Lucas enquanto lhe dava um abraço fraternal – cuide bem desta menina, é a única que tenho.

– Se depender de mim ela será a pessoa mais feliz do mundo.

Logo todos foram felicitar os novos noivos, Priscila de tão feliz nem se incomodou com o fato de Justine ter arrancado seu brilho as vésperas do casamento. Mas Mario estava sério, ele levantou para se retirar da mesa quando Priscila lhe pegou pelo braço e disse disfarçadamente em um sorriso.

– Se você sair daqui, amanha eu estarei bem longe!

E Mario voltou a se sentar.

– Gente, que isto!? Esta é a noite a Priscila e do Marinho, obrigado a todos pelas felicitações, mas vamos voltar aos noivos de fato – disse Justine em meio a balburdia que havia de iniciado em torno do seu noivado.

A noite foi agradável, exceto para Mario que tentou disfarçar sorrisos em meio à tristeza da noticia.

Na cama os lençóis pegaram fogo, Lucas estava tão animado com a possibilidade de ter Justine para sempre que não mediu esforços para lhe dar vários orgasmos, ele a chupou sem parar, afinal sexo oral era seu predileto, depois de vários gemidos, pernas tremulas e o corpo pegar fogo, ela desmaiou relaxada ao lado de Lucas, que de tão feliz sem se importou não penetrá-la naquela noite.

O sol surgiu na janela que dormiu aberta, Justine despertou e sem fazer qualquer gesto brusco ou barulho vestiu um roupão e caminhou até o banheiro para tomar uma ducha, logo todos acordariam e seria uma competição para usar o banheiro, já que o casamento seria pela manhã.

Depois de uma deliciosa ducha, ela vestiu o roupão para voltar ao quarto, quando abriu a porta levou um tremendo susto. Mario estava ali parado de braços cruzados, empatando sua passagem.

– Bom dia Mario! Ansioso?

– Um pouco – respondeu serio.

– Bem… – disse com o sorriso amarelo – melhor eu ir para o quarto acordar o Lucas antes que esta casa fique intransitável.

Mas Mario não saiu da porta.

– Mario deixe-me passar? – disse Justine já irritada o empurrando.

Mario olhou para os lados e não vendo ninguém empurrou Justine de volta para o banheiro e trancou a porta.

– Você esta louco? Me deixe sair! Hoje é seu casamento seu pirado, e meu noivo esta no quarto ao lado… – então Mario a calou com um beijo.

Em poucos segundos Justine voltou a si e o empurrou.

– Mario, pare com esta maluquice, agente já conversou sobre isto.

– Como você pode Justine? Aceitar um pedido de casamento no meu casamento?

– Por acaso isso é proibido? E você permitiu que ele pedisse.

– Eu não sabia que se tratava disso.

– E você pensava que seria sobre o que? Vamos! Agora saia da frente! – e o empurrou mais uma vez.

– Justine eu te amo!

– Mario é tudo coisa da sua cabeça! Você ama Priscila, e vai se casar com ela em poucas horas, ela não merece sofrer, por mais chatinha que ela seja. Olha primo, foi só, uma aventura, eu tenho uma pessoa, da qual eu amo muito!

– E porque o traiu comigo?

– Foi impulso, e o Lucas me conhece, e me aceita assim, já contei a ele a besteira que eu fiz.

Mario se aproximou dela e afagou-lhe os cabelos.

– Eu também amo… Te amo… – disse ele olhando em seus olhos.

– Mario, por favor, não vamos arrumar confusão, me deixe sair.

Justine desviou de Mario e foi para a porta do banheiro, quando ele a puxou novamente contra seu corpo e lhe beijou. Justine tentava se soltar, mas não conseguia, Mario era sem duvida maior que ela e muito mais forte. Com uma das mãos ele a segurou pelos cabelos e com a outra ele apertou sua cintura. Justine começou a se debater até que conseguiu se soltar, deu um tapa no rosto de Mario e saiu correndo do banheiro.

Ela entrou ofegante no quarto, Lucas já estava acordado.

– Onde você estava? O que houve você esta vermelha?

– Não foi nada – dizia tremula.

– Foi aquele filho da puta novamente Justine? – a voz de Lucas se alterou.

– Não, não foi – disse ela enquanto sentava para se acalmar.

– Não me esconda nada.

– Foi o Mario!

– O que!? Como assim? Este cara é maluco?

– É um louco de pedra. Olha, depois da cerimônia eu quero ir embora, só não vou agora mesmo por causa da Priscila.

Justine começou a lacrimejar e Lucas sentou ao seu lado e começou a afagar-lhe os cabelos.

– Porque eu me meto nestas confusões, como você quer se casar comigo?

– Eu te amo, e sei que não é culpa sua. Você é especial… Por isso as pessoas se encantam com você. Olha eu vou tomar um banho rápido, agente se arruma e vai pra cozinha tomar o café.

– Ok! Eu vou me arrumando, eu vou trancar a porta, você dá duas batidinhas ta bom?

Lucas olhou desconfiado, mas não a recriminou e foi para o banheiro. Justine travou a porta e começou a se vestir. As madrinhas tinham de vestir um vestido crepe tomara que caia soltinho rosa salmão, com chapéu e colar de perolas. Justine estava de roupão se maquiando quando Lucas bateu na porta.

– Você esta com medo? – perguntou Lucas.

– Só não quero mais ser atacada por loucos, exceto você – disse com um meio sorriso.

– Você vai ficar linda!

– Ah, eu estou desanimada, to tentando me maquiar de leve, farei um coque e colocarei este chapéu que a noiva EXIGIU!

– Vai ficar linda! Este vestidinho chega a ser sexy.

– Nem fale isso! Bem, vou colocar um vestidinho simples pra tomar café e depois me visto.

– Ok! Eu vou vestir qualquer coisa também.

Os dois se vestiram e desceram para a cozinha que já estava cheia.

– Bom dia pombinhos, dormiram bem? – perguntou Maria.

– Muito mamãe! – respondeu sorridente ao se lembrar da noite passada.

– Dormimos como anjinhos.

Todos tomaram café e foram se arrumar, da janela do quarto de Justine dava para ver o jardim arrumado para o casamento, depois de pronta ela ficou admirando o lugar.

– Eu vou sentir até saudades… – disse em um suspiro.

– Não é você que quer ir embora o mais rápido possível?

– É, mas aqui teve algo marcante pra mim…

– Ser molestada pelo seu primo tarado?

– Não seu tolo! – olhou com ar de reprovação – por você, pelo que tivemos e por essa vida que vamos iniciar.

Lucas foi a seu encontro e lhe abraçou.

– Eu te amo menina!

– Eu também te amo!

Freak Butterfly.

Justine: O casamento do primo Mario III

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Durante o churrasco em família, Fábio não deixava Justine em paz. Mario estava aos beijos com a noiva, todos os outros relembravam os velhos tempos. Paula, prima de Justine, um ano mais nova que ela, já tinha um bebê de colo e parecia super feliz no recém casamento, mesmo que o marido não parasse de olhar as pernas e a bunda de Justine.

Família é meio complexo, e a de justine não poderia ser diferente. Intrigas, picuinhas, inveja, olhares, Justine estava definitivamente desejando desaparecer. Ela olhava a cada minuto no celular para ver se Lucas havia ao menos lhe mandado uma mensagem, mas nada. Entediada ela foi dormir mais cedo, ou tentar.

Foi para o quarto, a noite estava terrivelmente quente para uma primavera, para um campo, ela colocou um short doll e se deitou descoberta, por sorte, ela havia conseguido um quarto só para ela. Era pequeno, mas aconchegante, isso porque a mãe já havia anunciado que o “noivo” de Justine viria. Depois de quase uma hora rolando pela cama ela finalmente adormeceu.

Pela primeira vez ela não sonhava com nada, quando sentiu uma mão acariciar seus seios sob a blusa, sonolenta ela se deixou levar, pensando que estava dormindo junto com Lucas. A mão percorria do mamilo até a xoxota varias vezes. Logo ela estava excitada, desejando ser penetrada, então ela suspirou:

– Lucas! Ah!

Sem responder o anônimo colocou a mão dentro do shortinho e começou a acariciar o grelo quentinho, ela desejava abrir os olhos, mas estava cansada demais, ela desejou se virar, mas não foi permitido. Ela estava incrivelmente excitada e seu corpo começou a despertar.

Então ela sentiu o pau de seu molestador anônimo tocar sua bunda, seus olhos abriram e com a visão ainda turva, ela notou que não estava no quarto de Lucas.

– Lucas!?

– Xiiii!

– Que porra é esta? Quem é?

Ele a segurou pelo pescoço e sussurrou no ouvido dela.

– Relaxa gostosa! Abre essa perninha pra mim meter nessa buceta gostosa.

A voz era familiar. Fábio! Justine havia sentido durante toda noite o quando ele desejava come-la, e por isso ele ficou por horas tagarelando coisas desconexas.

– Fábio! Você é louco, eu tenho namorado. Me larga – disse ela enquanto tentava se soltar.

– Mas não lembrou disso quando deu pro Mario na campina.

– O que?! – disse espantada.

– Eu não sou besta, eu fui atrás de vocês depois que deixei Priscila na casa grande, e os vi transando, você é tão deliciosa prima, tão, tão… Deixa eu meter em você, continue achando que eu sou o Lucas, não vai dar nada de errado, será nosso segredo.

– Você é louco!

– Louco por essa bucetinha linda – disse ele enquanto afastava as pernas da prima.

Sem duvidas para ele forçar algo seria muito fácil, Fábio ela do tipo atlético, grande, forte, ele conseguiria o que queria de qualquer forma. Justine estava tão excitada que nem não resistiu e se entregou. Ela afastou as pernas, inclinou o corpo um pouco mais para frente e deixou que Fábio a penetrasse.

Em silencio os dois fornicaram por horas, Justine desejava gritar ao sentir o falo de Fábio tocar seu útero, sem duvidas era um enorme pau.

Logo Justine se tremeu e gozou, em seguida Fábio esporou na bunda da prima, ela ficou ali, exausta, sem se mover, ele se levantou, beijou-lhe a testa e foi embora.

Justine ficou ali, deitada por horas, sem conseguir pregar os olhos, com um novo dilema: contar ou não contar para Lucas o que houve aqui!

Afinal ela já o traiu com Rodrigo, mas não lhe contou, porém ambos estavam brigados, e agora que estavam bem, como seria? Ela contaria sobre Mario e Fábio? O que ele iria pensar? As lágrimas correram seu corpo e ela se sentiu suja, realmente suja pela primeira vez. Ela foi silenciosamente até o banheiro e se lavou, esfregou cada parte do seu corpo, esfregou tanto, com tanta força que se machucou, ela sentou no chão do banheiro e ficou chorando enquanto a água morna percorria pelo seu corpo.

Ela queria se esconder dentro de Lucas, ela não queria mais ser apenas desejo de alguém, ela só queria ser ela mesma, ela queria ser normal.

No dia seguinte Justine estava com ressaca moral, não queria sair do quarto, nem para o café em família, aliais, ela não desejava ver ninguém da sua família. Era como se todos soubessem o que havia acontecido, ela dizia para si mesma:

– Me sinto uma puta! Uma puta barata!

Maria percebeu que Justine não estava bem.

– Filha, há algo errado?

– Mãe, não quero ficar aqui, quero o Lucas, quero ir pra longe daqui – disse entre lagrimas.

– Filha você brigou com alguém? Aconteceu alguma coisa?

– Mãe, não gosto dos meus primos e primas e ponto! Quero ir embora!

– Como assim? Você estava tão bem com Fabio ontem, e você e Mario são como irmãos.

– Mãe o Mario é legal, mas muito bobo e o Fabio tem músculos no lugar de cérebro, ele é o cara mais idiota que eu conheço! Eu o odeio-o.

– Nossa! Me diga que aconteceu!?

– Nada deixa pra lá!

– Vamos descer filha? Vamos tomar café?

– Eu to sem fome.

– Um suco… Vamos Justine, para de ser anti-social! – já disse iritada.

– Ok! – aceitou contra a vontade.

As duas foram pra enorme cozinha, todos estavam lá. As primas patricinhas, os primos marombeiros, os nerds e anti-sociais. Ela se sentiu terrivelmente mau ao dar de cara com Fabio que logo foi lhe dar bom dia.

– Bom dia priminha? Dormiu bem? – disse com o sorriso sacana.

– Não! Dormi mal, muito mal!

– Poxa… Que pena!

– Quem tem pena querido, é galinha! Agora se me da licença, vou tomar café com minha mãe – disse de cara fechada.

– JUSTINE!

– Ah mãe, vamos logo.

As duas saíram, Maria estava envergonhada com a atitude rude da filha. Fabio ficou um pouco constrangido, afinal ele esperava outra atitude da prima.

Na grande mesa todos estavam conversando alegremente, exceto Justine, que a qualquer momento soltaria raios pelos olhos como personagem de vídeo-game. Em poucos minutos, ao ver todos alegres, seu coração amoleceu, e ela se retirou rapidamente.

– O que há com nossa filha? – disse Carlo para Maria.

– Não sei querido, ela não esta feliz aqui… Acho que brigou com alguém não quis me contar.

Justine correu para o quarto e começou a jogar as coisas na mala. Em prantos ela havia decidido.

– Vou embora, não fico um segundo mais aqui!

Foi quando ouviu um barulho familiar se aproximando da casa grande, ela correu para a janela e lá estava Lucas, mais doce do que nunca descendo do carro com o celular na mão. Sem pensar ela desceu as escadas correndo, quem estava na cozinha se assustou e levantou para ver o que estava acontecendo, ela abriu a porta e correu para os braços do amado.

– Jú!? – disse Lucas um pouco confuso.

– Eu te amo! Eu te amo! – completou Justine em lagrimas.

Os dois ficaram abraçados por um longo tempo e todos os olhavam da varanda.

Continua…

Freak Butterfly.

Justine – O casamento do primo Mario Parte II

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Cavalgando, Justine se sentiu livre, como a muito não sentia, o sol estava fraco e a brisa fresca. Seu corpo estava leve, e cansada de tudo ela se soltou e deixou o cavalo guia-la. Seu corpo se movimentava sensualmente. Ela fechou os olhos por um momento e desejou estar nua, em segundos sua xoxota estava pulsando.

Depois dos segundos para si, ela abriu os olhos e reparou que todos a olhavam, ela abriu seu sorriso doce e continuou a cavalgar. Fábio não tirava os olhos do corpo de Justine, ela percorreu os olhos por todo o corpo do primo e logo notou o quão excitado ele estava. Mario a olhava de canto, enquanto conversava com a noiva.

– Vamos apostar corrida Mario? Como fazíamos quando éramos crianças? – propôs Justine sorridente.

– Quer perder novamente? – questionou Mario com um sorriso malicioso.

– Só se for à cabeça! – Justine sorriu e saiu em disparada.

Logo, Mario foi atrás. Fábia ria da brincadeira dos primos e Priscila olhava com ar de reprovação.

– Que coisa mais infantil! – disse Priscila.

– Não vejo nada de infantil, os dois só estão se divertindo.

– Quero voltar. Vamos comigo? Eu detesto cavalgar sozinha, aliais, eu detesto cavalgar – concluiu Priscila.

Fábio virou os olhos, ele não queria voltar, ele queria correr no campo com os primos, mas ele já receberá instruções de sua mãe: “Faça tudo o que a Priscila pedir, não queremos que ela se sinta deslocada, afinal, logo será parte de nossa família.”

– Tudo bem… Vamos voltar – disse Fabio contra sua vontade.

Logo já não podia se ver Justine e Mario, os dois correram tanto que entraram em uma campina.

Justine parou o cavalo no meio da campina, onde brotava um córrego.

– Ganhei! – gritou sorridente.

Logo atrás estava Mario, parando o cavalo.

– Claro, você roubou!

– Eu? Nunca, eu sou boa em cavalgadas – concluiu com o sorriso malicioso que Mario já conhecia.

Justine desceu do cavalo e o levou na margem do córrego, Mario fez o mesmo e ficou ao lado da prima.

– Lembra quando éramos crianças, agente vinha brincar aqui escondidos, quando a família se reunia, bons tempos – disse Mario.

– É verdade… Isso deixava nossas mães loucas – riu – eram bons tempos mesmo. Você era o único que brincava comigo, mesmo sendo mais velho, você cuidava de mim, era como um irmão.

– Ah os outros eram tolos, mas agora todos crescemos Ju. Sua mãe me disse que você não queria vir, que estava apreensiva por causa disso, não acreditei. Você, uma mulher linda e forte, com medo de ser zoada pelos nossos primos e primas idotas?

– Eu sei, mas… Não sei explicar, eu apenas senti medo, mas o Lucas me deu força e coragem.

– A tia me disse também que ele virá… – disse Mario com um tom desanimador.

– O que foi? Ele não pode vir? – perguntou zangada.

– Claro que não, não é isso. É só que… Ju… O que vou dizer agora é meio… Bem, não sei explicar, mas olha, eu nunca te esqueci, você sem duvida foi a melhor, em todos os sentidos.

Justine permaneceu em silencio, estava surpresa com o que acabará de ouvir. Mario se aproximou dela, e acariciou a face.

– Você é especial Ju… E terrivelmente sedutora. Nossos primos irão desejá-la como eu desejo e nossas primas irão invejá-la, como Priscila a inveja.

– Priscila tem inveja de mim? – perguntou espantada.

– Ela sabe que tivemos algo…

– CALA A BOCA! – gritou Justine interrompendo Mario – Como assim ela sabe? Do que você ta falando? Mario! Você não fez a besteira de contar a ela, fez?

– Eu não podia esconder, eu fiquei louco por você. Eu não queria mais toca-la, e então um dia ela me pôs contra a parece e não pude esconder mais.

– Você é louco! E estúpido! Eu vou embora – disse Justine enquanto tentava subir no cavalo – não posso ficar aqui. Você é um imbecil. UM PERFEITO BABACA!

Justine finalmente conseguiu montar no cavalo e saiu em disparada de volta para a casa, Mario foi atrás, implorando que ela parasse para ouvi-lo. Ela se negava. A casa estava longe, e não havia ninguém a vista de ambos. Ele conseguiu chegar ao lado dela.

– Justine… Anda, pare agora, vamos conversar.

– Não tenho mais nada pra falar contigo, vou embora.

Furioso por não querer ser ouvido, ele encostou seu cavalo ao dela e a puxou, Justine caiu no chão e o cavalo seguiu enfrente.

– AI! VOCÊ ESTÁ LOUCO? – disse Justine enquanto sentava e tirava a terra dos braços.

– Ju! Meu Deus, me perdoe, você esta bem? – perguntou Mario enquanto descia do cavalo para socorrê-la.

– Porque fez isso? – ela questionou entre lagrimas.

– Me perdoe! Não queria feri-la. Deixe me olhar seu braço.

Ela havia caído encima do braço e o machucara em uma pedra, o sangue escorria, mas as lagrimas de Justine eram de raiva, e não pela dor.

– Eu quero ir embora. Porque você contou a ela.

– Eu não pude evitar, Justine, eu fiquei louco, alucinado, eu precisava de você, e logo você estava namorando, e eu era noivo, e não sabia o que fazer, só me restou contar a ela. Era a única pessoa com que eu podia desabafar.

– Você não podia ter feito isso, o que ela vai pensar de mim? – continuava entre lagrimas.

– Ju, ela não pensa nada, eu disse que eu quem te seduziu.

Justine se levantou e olhou de volta para a campina.

– Eu estou tão confusa, tão perdida.

– Porque meu anjo?

– Lucas quer casar, e eu não sei se quero isso, não agora. Mas meus pais ficaram tão felizes com a noticia…

– Só posso te dizer uma coisa, não faça isso por eles, e sim por você, é você quem vai se casar e estar com ele todos os dias.

– Eu sei… Mas eu ao amo, como nunca imaginei amar ninguém, mas meu coração se divide entre amá-lo e ser livre.

– Será que você realmente o ama? – Mario perguntou enquanto abraçava a prima.

– Sim, eu sei que o amo, mas também amava Marcela… Isso que não posso entender.

– Marcela?

– É uma longa historia.

– Fiquei curioso… Bem, temos o resto da tarde pra isso.

– Não quero demorar, sua noiva pode se irritar.

Mario ficou enfrente de Justine e os dois se olharam por segundos em meio ao silencio, ele acariciou a face e afagou os cabelos dela. A poeira da queda misturada às lágrimas deu um ar selvagem à face triste de Justine. E mesmo em meio a um conflito, Mario se sentiu atraído pela prima, segurou-a pela nuca e aproximou seus lábios, Justine não recuou, apenas fechou os olhos e acolheu o beijo terno.

Os dois montaram no cavalo e partiram de volta a campina. Ao chegarem, desceram rapidamente, e continuaram a se beijar, desta vez com um pouco menos de ternura e mais pegada. Justine desabotoou a camisa xadrez a Mauro tirou a camiseta, os corpos queimavam em beijos, mãos, mordidas, até que Mauro a levou ao chão, abriu a calça e baixou até os joelhos da prima, passou a mão na xoxota pela qual se apaixonara, ela estava quente e úmida, tanto que a calcinha estava toda molhada. Logo, seu pau enrijeceu.

Ele baixou a calcinha e se colocou entre as pernas dela, com a boca ele arrancou diversos suspiros de Justine, que havia perdido a razão para o desejo. Ele a penetrou com a língua quente, enquanto ela acaricia seus cabelos. O suco que percorria a xoxota de Justine era como uma droga, viciava seus amantes.

Em minutos ela explodiu em prazer.

-Me fode! – disse ela imponente.

– Fica de quatro putinha doce.

Imediatamente ela obedeceu. Como dois animais, eles fornicaram no gramado da campina, ele a segurava pelo largo quadril enquanto metia, os gemidos pareciam uivos. Depois do gozo, eles se vestiram, olharam nos olhos um do outro, montaram no cavalo e voltaram para o casarão.

Ao chegar todos estavam preocupados, ao verem justine imunda de terra e com o braço sagrando, correram para a porta.

– Justine filha o que houve? – perguntou o pai desesperado.

– Nada pai, eu só cai do cavalo.

– Eu disse menina que isso é um perigo!

– Não se preocupe tio Carlo, a Ju ta bem, ela só ralou o braço.

– Porque demoraram tanto? – perguntou a noiva furiosa.

– Estávamos correndo no campo, e então a Justine caiu e o cavalo seguiu enfrente, ela ficou nervosa ao ver o sangue e não quis montar novamente, andamos até a campina pra ela se acalmar e lavar o rosto. Quando ela se sentiu mais segura, voltamos.

Ela desceu do cavalo com um pouco de dificuldade, já que as pernas ainda estavam fracas.

– Vem filinha, vou te fazer um curativo – disse a mãe com a voz aveludada.

Ela olhou de rabo de olho para trás e viu que Priscila soltava fogo pelas ventas. Novamente ela se sentiu mal por estar ali. No banho ela pensou em tudo o que o primo disse, e desejou que Lucas chegasse o mais rápido possível.

A noite chegou, e o primeiro churrasco em família também, Priscila estava sorridente ao lado de Mauro, Fabio não parava de tagarelar sobre a faculdade para Justine, todos estavam bem e parecia que nada errado havia ocorrido. Justine estava com o pensamento distante, pegou o celular e ligou para Lucas.

– Oi anjinho! Que saudades – atendeu Lucas, carinhosamente.

– Eu também, com muita saudade.

– Ta tudo bem? – perguntou desconfiado.

– Não… Ta tudo certo, é só… Só saudades mesmo, sabe… Muito trabalho?

– Logo termino, não se preocupe.

– Ok, vou voltar pro churrasco…

– Esta tudo bem mesmo?

– Ahãm! Te amo, boa noite!

– Também te amo anjinho.

Ela desligou o celular e olhou para os noivos. Priscila a esnobava com toda a força. Mauro ficava constrangido. Fábia não a deixava em paz, ela estava perdida.

Continua….

Freak Butterfly

Justine – O casamento do primo Mario Parte I

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Tudo parecia ter voltado ao normal, Lucas e Justine estavam em paz, e Marcela estava mais feliz do que nunca com Gustavo. Desde os últimos acontecimentos Justine o evitará para não se sentir mal em relação à Marcela e também ao que houve entre os dois. Mas quando podiam, trocavam e-mails secretos, com assuntos desde como Marcela estava reagindo com a ausência de Justine e sobre o quanto a noite que tiveram fora especial.

O tempo passou rápido, faltavam apenas 5 dias para o casamento do primo Mario. Justine estava ansiosa, sentia seu coração saltar do peito toda vez que lembrava que logo iria vê-lo. As malas estavam prontas, o vestido já arrumado, eles iriam uns dias antes, pois seria um grande encontro de família, e ocorreriam algumas confraternizações. Lucas só poderia ir 3 dias depois, o que deixava Justine ainda mais tensa.

– Mãe… Será que não posso ir com Lucas?

– Porque Justine!? Você não quer rever seus primos e primas? Todos estarão lá, será uma forma de reencontrar todos – disse Maria animada.

Justine torceu os lábios e seu estomago embrulhou, desde pequena ela nunca se deu bem com seus primos e primas, ela sempre foi motivo de zombarias, reencontra-los não era nenhuma motivação, nenhuma visão agradável para ela.

– É que, não sei mãe, Lucas vai ficar envergonhado de ir depois sozinho, e não quero ir sem ele.

– Eu já falei com ele minha filha.

– Quando!?  – perguntou assustada.

– Hoje pela manha, quando ele ligou para saber se tudo estava bem.

Marias fofoqueiras… – resmungou para si mesma.

– O que foi?

– Nada não mãe… Vou falar com Lucas.

– Ok! Mas ele disse que você pode ir sem problemas.

Justine se retirou para o quarto estalando os dedos. A raiva que sentia desta amizade entre o Lucas e sua mãe era imensa. Esse diálogo maravilhoso que ambos tem um com o outro, só dificultava a maioria dos planos de Justine.

Sem pensar duas vezes, ela ligou pra ele.

– Lucas! Porque você foi dizer a minha mãe que estava tudo bem eu ir antes?

– Oi pra você também meu amor!

– Nem vem com essa não. Vocês dois me deixam louca!

– Porque está tão furiosa meu docinho?

– Para com isso! Oras por quê? Porque eu não quero ir nesta reunião tola de família, nem queria ir ao casamento, vou porque você vai comigo. E agora você me atira aos lobos!

– Amor, calma, farei de tudo pra ir antes do previsto, to me matando pra terminar com toda esta papelada da mesa. Afinal alguém tem que trabalhar, ou quem sustentara nossos filhos?

– Filhos! – exclamou com espanto.

– Não quer ter?

– É… Ah Lucas, você é idiota!

Lucas não se conteve e começou a rir.

– Minha menininha. Oh menininha brava!

– Não sou menininha, ok!?

– Já até posso ver o tamanho do bico que se formou nessa boca linda.

– Vem me dar adeus?

– Nossa, que trágica, até parece que será tão ruim. Você vai ver o quanto vai ser divertido. Aqueles seus primos chatos e zombavam de você irão querer te comer meu anjo!

Justine ficou pasma com o comentário do namorado.

– Alo! Alo Justine… – disse Lucas cantarolando.

– Você é louco!

– Mas só você sabe disso, é o nosso segredinho. É por isso que me ama.

De fato ela o amava por este humor peculiar.

– Já estou com saudades.

– Eu também minha garotinha rebelde. Vou ai daqui a pouco lhe dar um beijo.

– Te espero.

Ela desligou o celular e se atirou na cama, às palavras de Lucas percorreram seu pensamento centenas de vezes. Talvez aquele reencontro não fosse tão ruim, afinal ela já era uma mulher, uma bela mulher, se não tão bela ao gosto de seus primos e primas, era ao menos sensual, chamava a atenção. Talvez aquele reencontro fosse divertidíssimo.

– É… Talvez seja delicioso seduzir e pisar em meus primos e mostrar as minhas primas que a patinha feia cresceu e virou um cisne.

Ela se levantou e foi refazer a mala, se quisesse por seu novo plano em pratica, não poderia levar aquelas roupas puritanas de garotinha do papai. Para não parecer muito vulgar ela misturou as roupas de santa com alguns acessórios e vestimentas de caçadora. Claro que seus sapatos de saltos não poderiam faltar.

– Bem, acho que esta mala está bem melhor agora.

– Falando com quem?

– Lucas! – exclamou Justine surpresa.

– E então, falando sozinha meu amor? – completou com um sorriso malicioso estampado na face.

– É que você me deu uma ótima idéia. Realmente, não farei desta viajem um pesadelo, e sim uma diversão.

– O que esta planejando em mocinha? – perguntou ao abraçá-la.

– Não quero ser alvo dos meus primos, não de chacota. Como chegarei sem você, no mínimo vão achar que sou uma solteirona encalhada. Eles vão me desejar ainda…

– O que quer dizer com isso?

– Ah! É só uma brincadeira, não se preocupe, quando você chegar irá se divertir comigo!

– Sossega este rabo menina!

– Fica tranqüilo, não farei nada demais, só vou provocá-los… Eu te amo cachorrinho! – e ela o beijou calorosamente.

Já estou com saudades minha putinha – sussurrou em seu ouvido.

Os dois se olharam por alguns minutos sem dizer nada. Lucas estava apreensivo por não conseguir adivinhar os pensamentos de Justine. E Justine estava animada para colocar seu plano em pratica.

– JUSTINE! – gritou o pai.

– Me ajuda com a mala?

– Claro! – Lucas pegou a mala da amada e foi para o carro, enquanto Justine pegava a bolsa e um casaco.

– Que pena que não vai conosco hoje Lucas! – disse Maria.

– É uma pena mesmo, mas estou tentando acelerar no trabalho pra ir o mais rápido possível – terminou a frase olhando torto para Justine.

– Bem, estaremos lhe aguardando! – disse Carlo com o sorriso caloroso de sempre.

– Já estou com saudades… – disse Justine emburrada.

– Eu também meu amor. Vou trabalhar dobrado pra estar logo contigo.

– Esperarei ansiosa.

Os dois se beijaram. Carlo e Maria já estavam no carro. Ela entrou cabisbaixa, acenou adeus e partiram.

Depois de horas na estrada, em uma viajem que lhe pareceu mais longa do que esperava, Justine estava aliviada por enfim chegar à fazenda dos avos. O casamento de Mauro seria ali. Pois era um lugar imenso que abrigaria toda a família.

Ela já podia ver alguns primos andando a cavalo, e outros na piscina. Ela respirou fundo e desceu do carro. Vários tios e tias correram para cumprimentar Carlo e Maria. Ela já podia ouvir vários deles questionando ao mesmo tempo: “Esta é a pequena Justine?”.

Ela revirou os olhos, sem duvida não tinha vocação para reuniões de família. Abriu seu sorriso amarelo e recebeu os cumprimentos da família. Vários abraços, beijos, apertões de bochechas e comentários do tipo: “Como você cresceu!”, “Nossa, como está magra, lembra como era gorda?”, “Você colocou silicone? Não lembro de você ter seios.” E vários outros blábláblás constrangedores.

Ao conseguir finalmente por as malas no quarto ela suspirou e sentou na cama.

– Deus! Isso é pior que “A hora do espanto”. Vai ser mais difícil do que eu esperava.

Ao concluir a frase Mauro entra em seu quarto.

– Prima? – perguntou meio encabulado.

– Maurinho! – exclamou animada ao vê-lo.

Ela correu para abraçá-lo quando uma pequena moça lhe deteve.

– Justine, esta é minha noiva Priscila. Pri esta é minha melhor prima Justine.

A duas se cumprimentaram com um aperto de mãos. Justine estava nervosa, e Priscila parecia encabulada.

– Nós viemos lhe chamar para dar uma volta a cavalo conosco – disse Priscila com uma voz angelical.

Ela era pequenina, com olhos grandes e esverdeados, não era magra nem gorda, poderia dizer que era normal. Os cabelos dourados eram ondulados e longos. Priscila parecia uma boneca de porcelana. Mas era muito infantil aos olhos de Justine.

– Estou um pouco cansada – respondeu com um sorriso amarelado.

– Ah! Prima, que isso!? Os cavalos andarão por nós. Quero te reapresentar aos outros primos e primas.

Ela não sabia se era o momento certo.

– Vamos Justine, será divertido! – disse a voz de anjo.

– Ok… Vou trocar de sapatos e já desço.

Ela deu graças a Deus de ter colocado a bota montaria na mala, pois seria ridículo cavalgar de salto alto. Ela vestiu uma calça mais justa, e calçou a bota, amarrou os cabelos e deixou a blusa tipo bata esconder um pouco do corpo, já que a calça já mostrava suas pernas grossas e a bunda empinada. Ela desceu desanimada e foi para a varanda de frente. Mario e Priscila já estavam em seus cavalos, e ao lado estava um jovem de corpo atlético, esperando ao lado do cavalo.

– Justine, lembra do Fábio?

– Fabinho! – disse espantada.

– Sim, Jú, eu sei, eu sei! Eu cresci, muito! – disse sorridente – Você também está bem prima.

– Obrigada!

Ela subiu no cavalo com certa dificuldade. Depois Fábio montou em outro, e os quatro foram para o campo aberto cavalgar. A brisa que sacudia os fios soltos de seu cabelo era deliciosa para uma tarde quente de primavera. Justine sentiu-se bem, sentiu-se livre. Olhou para o lado e viu Fabio sorrindo para ela. Então pensou consigo mesma: “Acho que tudo será mais fácil do que imaginei.”

Continua…

Freak Butterfly.

amor

Justine – De volta a realidade Parte Final

beijo

Justine decidiu tomar banho sozinha, vestiu suas roupas já secas, tomou um café puro e se despediu de Gustavo.

– É, está na hora de encarar a realidade.

– Tudo vai ficar bem, você verá!

– É… Obrigada pela noite, obrigada por tudo. Eu espero que… – Gustavo selou os lábios de Justine com um beijo não permitindo que ela terminasse a frase.

– Este é nosso segredo, vai ficar tudo bem.

Os dois se abraçaram como bons amigos, Justine suspirou e saiu porta a fora. Andou uma quadra até chegar ao carro, que não estava próximo caso Marcela aparecesse por lá.

No caminho para casa, seus pensamentos vagavam entre a noite maravilhosa e o que estava por enfrentar. Então começou a falar consigo mesma.

– E se eu realmente me enganei? Se realmente nada aconteceu entre o Lucas e a Marcela? E se o Lucas e ela souberem o que houve entre mim e Gustavo? Deus! O que foi que eu fiz? Porque não consigo controlar meus impulsos, porque não posso ser normal?

As lagrimas quentes e salgadas percorreram por sua face durante todo o caminho, pela primeira vez Justine sentiu a culpa pairar sob seus ombros. Lucas e Marcela eram seus maiores amores e ela os traiu sem dó nem piedade, ela nem se quer os ouviu, de certo para usar isso como desculpa para a traição, para não sentir a culpa, mas não teve como evitar. Quando ela ouvisse o que seria um tanto obvio a dor lhe tomaria o coração.

Ao dobrar a esquina de casa, já podia ver o carro de Lucas estacionado. Um calafrio percorreu seu corpo.

– Cacete! É agora! – disse assustada.

Ao entrar com o carro na garagem ela hesitou em descer do carro, sua vontade era fugir novamente, pois não queria ouvir que tudo fora apenas um engano.

Respirou fundo e fechou a porta, caminhou lentamente, até a porá ta frente da casa, como em um filme de terror, ela abriu a porta vagarosamente, e lá estavam Marcela, Lucas, Maria e Carlo, tomando café e conversando, quando notaram a presença de Justine, calaram-se imediatamente. Envergonhada, ela não abriu a boca. Então sua mãe se pronunciou.

– Carlo, vamos deixá-los conversar. Me ajude a ver o que vou fazer para o almoço querido.

– Claro amor! – ele virou para Justine e perguntou – Tudo bem filha?

Ela acenou positivamente ainda envergonhada. Podia ver nos olhos do pai a aflição do seu desaparecimento.

Ela caminhou até a poltrona que ficava enfrente ao sofá em que estavam Lucas e Marcela. Sem abrir a boca, olhou-os e esperou por respostas sem perguntas.

– Ju… – disse Marcela com um nó na garganta – eu queria lhe pedir desculpas pelo que ocorreu ontem, você não deveria ter visto o que viu. Não daquela forma. Sei que se sentiu traída em nos ver juntos, mas não é nada do que imaginou.

O estomago de Justine latejava em nervos.

– Ju… – prosseguiu Lucas – Marcela me ligou aflita, disse que precisava conversar comigo. Disse que não suportava mais vê-la tão triste por não saber que decisão tocar, ela soube do jantar que tive com seus pais, e também das minhas intenções de casamento. Mas também sabia que você não conseguiria deixa-la. Ela sabe o quanto à ama, e se sente feliz por isso… – Marcela já estava em prantos – mas acima de tudo, ela deseja sua felicidade. Ambos desejamos isso!

Após uma pausa silenciosa e torturante, Marcela voltou a falar.

– Eu só quero que tenha sua vida amor, eu sei que eu e você nunca seremos realidade, um fato. Eu e você somos apenas amigas que se amam demais, só que expressamos de uma forma nada convencional. Não quero que perca sua vida, e sei que nunca tomaria uma decisão então eu quis conversar com Lucas, pra dizer a ele que deixaria você em paz. Que não atrapalharia mais seus pensamentos. Me perdoe. Não queria que se sentisse traída.

Justine já chorava como uma criança que perderá os pais. Seus soluços deixaram Marcela e Lucas agoniados.

– Ju não chora! – disse Marcela ao se aproximar da amiga e seguiu sussurrando eu seu ouvido – eu te amo e nossa amizade nunca irá acabar.

– Eu também te amo Má! Me perdoe se pensei algo errado de você, me perdoe por tudo que te disse. Eu tava tendo uns pesadelos… E daí vi vocês… Eu… Eu não pude controlar… Eu fiquei louca… Me perdoe!

– Ju, se acalme, teus pais podem ouvir menina! – disse Marcela com um sorriso caloroso.

– Ju, nós só estávamos pensando no melhor pra você, em como lhe ajudar. Eu sei mais que tudo que você não consegue se decidir, não que quiséssemos decidir algo por você, mas queria-mos lhe ajudar a decidir, a saber o que você quer de verdade. E sei que você não queria magoar a Marcela com alguma decisão.

– Me perdoe amor, eu fui uma tola, uma idiota em pensar o que pensei de vocês. E… E… Vocês sempre pensando em mim, e eu egoísta! Egoísta! Uma idiota! – dizia ela quase histérica.

– Ju! Para menina, por favor, acalme-se, o que seus pais irão pensar daqui a pouco! – disse Marcela firmemente.

– Ok! Ok! – ela abaixou a face entre as mãos e disse baixinho – eu amo vocês. Amo muito!

– Agente sabe – disse Lucas sorridente.

– Vamos encerrar este papo, por favor! – disse Marcela em um tom de deboche – isto já estava parecendo novela mexicana. Porque você não se troca mocinha, afinal está com esta roupa desde ontem, banho percebi que tomou, ta de cabelos lavados, daí saímos os três, como bons amigos, para almoçar? E então? O que acham da minha fabulosa idéia? – perguntou sorridente.

– Ótima idéia Má! – concordou Lucas empolgado.

Justine olhou sem entender, e questionou consigo mesma se a partir de agora os três seriam amigos, do tipo que faz programas aos domingos, almoços, ou até programas de casais se Marcela se juntasse a Gustavo. Para ela seria um tanto estranho, como seria se os quatro saíssem juntos? No mínimo um tanto estranho, ao menos para ela.

– Tudo bem, eu não estou com tanta fome, mas será bom sair pra arejar a mente. Vou me trocar.

Justine foi para o quarto se trocar. Marcela e Lucas ficaram aliviados por resolverem o mal entendi tão fácil. Pelo temperamento explosivo de Justine, ambos imaginavam que seria mais complicado. Maria e Carlo voltaram para a sala.

– E então meninos? Tudo esclarecido? – disse Maria.

– Sim Dona Maria, tudo resolvido! – respondeu Lucas com um sorriso de satisfação.

– Se a senhora não se importa, chamamos Justine pra almoçar, pra conversar-mos um pouco mais – disse Marcela delicadamente.

– Claro querida! Sem problema algum, eu fico feliz que tudo esteja bem.

– Eu também, Justine tem uma sorte tremenda por tê-los! – exclamou Carlo.

– Não seu Carlo, nós que temos a maior sorte por ter Justine em nossas vidas, ela é um anjo – concluiu Lucas.

– Estou pronta! – disse Justine de prontidão na porta.

– Então vamos! – chamou Marcela sorridente.

Todos se despediram com beijinhos e abraços e foram para o carro de Lucas. Justine ainda andava meio desconfiada, sem se aproximar dos dois. Ela não conseguia entender como Marcela e Lucas se aproximaram tão rápido, como os dois riam e conversavam como se conhecessem há anos.

Os três entraram no carro e foram ao restaurante predileto de Justine, aquele seria um dia de paparicos, já podia sentir que seria tratada como uma princesa, como uma filinha do casal, cheia de mimos.

Durante o almoço Justine ainda estava confusa, era como estar na série de TV “Além da Imaginação”, como duas pessoas que se odiavam agora se tornaram tão bons amigos? Seu estomago revirou e Justine praticamente vomitou as seguintes palavras: CHEGA!

Os dois olharam para ela estáticos. Já irritada ela prosseguiu.

– Que foi em? Eu perdi algo? Eu entrei em como e fiquei fora muito tempo?

– Como assim Ju? – perguntou Marcela sem entender nada.

– Como assim digo eu! Eu sumo um dia e os dois, que mal se olhavam, praticamente se odiavam, agora são os melhores amigos? O que houve? O que eu perdi?

– Bem Justine, não é bem assim. – disse Lucas – Nunca odiei a Marcela. Eu simplesmente tinha ciúmes, muito ciúmes, porque sei que antes de mim, você amou somente ela. E ela pode lhe dar coisas que eu não lhe dou.

– Ju, eu apenas amadureci. Os dias que fiquei longe de você, foram dolorosos para mim, e quando soube do jantar, bem, antes que pergunte, liguei na sua casa no dia do jantar, e sua mãe me contou, não a culpe, ela estava animada por finalmente conhecer um namorado seu, e pelo fato do Lucas ter lhe pedido em casamento.

– Não acho que isso seja desculpa – Justine revirava os olhos enquanto falava.

– Bem, se eu puder concluir – disse sorridente – ENTÃO, depois de chorar barris de água salgada e conversar horas sem fim com Gustavo, decidi que se eu te amo, se eu amo de verdade, vou deixá-la partir. Sei que terei sempre sua amizade, seu que não deixarei de lhe ver. Então falei com o Lucas que eu a deixaria em paz, só pra ele, mas que se um dia eu a visse chorar, derramar uma gotinha se quer por causa dele, eu o mataria – concluiu com um enorme sorriso de satisfação.

– Ou vocês são loucos, ou eu que… Eu que não quero entender – disse Justine cabisbaixa.

– Você que não quer entender porque Marcela não será mais sua amante e sim sua amiga, e quem sabe sua madrinha de casamento – disse Lucas se divertindo com a idéia.

Justine arregalou os olhos e viu como num mini-video cenas do seu casamento e Marcela no altar como sua madrinha de honra, foi pavoroso se ver em um vestido branco tradicional, com véu e grinalda, ela soltou uma gemido.

– O que houve? Você esta bem? – perguntou Lucas preocupado.

– Estou é só que, hurg! Eu de véu e grinalda!

Marcela e Lucas não resistiram a gargalhadas.

– Só você mesmo Ju! – disse Marcela ainda com o riso estampado.

Depois do almoço fora passear no shopping, Justine comprou uma linda lingerie com a ajuda de Marcela, sem Lucas ver, seria uma surpresa para ele esta noite. Marcela tentava esconder o ciúmes tagarelando sobre o Gustavo, Justine tentava disfarçar o maximo para não dar nenhum bola fora, confirmando algo que ela dizia.

– E então meninas, querem fazer algo mais? – perguntou Lucas.

– Eu não Lucas, pra mim já basta, estou cansada e marquei com o Gustavo no bar mais tarde, vamos ver se nos reconciliamos – disse a sorridente Marcela.

– Te desejo toda a sorte amiga, ele é um bom rapaz – disse Justine com um sorriso amarelo.

– Pensei que não gostasse muito dele…

– Como o Lucas disse, era só ciúmes.

AS duas se abraçaram e Lucas acenou para irem para o carro. Elas caminharam juntas até o estacionamento, entraram no carro e Lucas deixou Marcela em casa.

– Obrigada por tudo Marcela! – disse Justine com um tom de tristeza.

– Eu que agradeço, e nunca se esqueça de mim, vamos marcar algo, não quero perder o contato – Marcela se aproximou da janela aberta do carro e deu um beijo em Justine – eu te amo, e quero vê-la feliz! – concluiu com um sorriso – Tchau Lucas, tome conta da minha boneca!

Marcela se virou, ainda sorridente, olhou mais uma vez para trás, mandou um beijo pelo ar, acenou adeus. Mais uma lagrima percorreu a face de Justine morrendo em seus lábios. Esta foi mais amarga do que nunca, aquele beijo fora de adeus, ela estava “livre” para ser somente de Lucas, mas sentiu que um pedaço de si se foi junto ao peito latejante de Marcela.

Lucas segurou sua face entre as mãos carinhosamente, olhou-a nos olhos e disse:

– Tudo vai ficar bem, eu sempre vou estar contigo, eu te amo! – ele a beijou de tal forma que a face de Justine ardeu.

Os dois foram para casa, Justine estava ansiosa para lhe mostrar o presentinho que havia comprado para eles.

 

Freak Butterfly.